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Marina Repetto é a mais nova colunista da Bons Fluidos – Divulgação

“Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grata”. Essas quatro frases, que parecem simples no primeiro momento, me apresentaram uma versão que eu nem imaginei que pudesse existir de mim. Precisei me aprofundar na calmaria para encontrar a força de superar as grandes ondas da vida.

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A espiritualidade nos convida a confiar e a aprender a lidar com o desconhecido. Não sabemos o que vai acontecer amanhã, mas podemos abrir o nosso coração e confiar que o melhor sempre está por vir. Esse entendimento não está relacionado a nenhuma religião e sim a expansão que vivemos quando nos conectamos ao divino. Precisamos reconectar a nossa origem. Você não é espiritual apenas quando está em meditação, em uma igreja ou visitando um templo. Essa é a sua natureza. Assim como somos feitos de matéria, também somos feitos de energia. Nós somos seres espirituais vivendo uma grande experiência terrena.

Hoje estou aqui, escrevendo para vocês, em um momento bom, e relembrando de como fui apresentada ao Ho’oponopono. É uma conquista imensa conseguir deixar que a minha história de vida me desperte e ainda compartilhar um pouco do que venho aprendendo ao longo desses 26 anos de vida. Hoje sei que são pelas falhas que a luz e entra e estar aberto é essencial para quem quer olhar para dentro de si. 

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E para dar esse início nas nossas conversas semanais, acredito que vocês precisam conhecer um pouquinho da minha história e como comecei o meu processo de autoconhecimento. O passo para cada um é individual, mas compartilho com alegria como aconteceu comigo para inspirar muitas outras pessoas a despertarem.

Vemos a vida, muitas vezes, pela fechadura da porta e essa visão é muito limitada. Por essa razão, diversas vezes não conseguimos compreender o ”porquê” de certos acontecimentos e uma das coisas que a espiritualidade nos convida a questionar é o ”para que”, afirmando que há um propósito maior por trás de todas as coisas. 

Nem tudo irá fazer sentido na mesma hora que acontece, e assim como um quebra cabeça, precisamos continuar montando para enxergar a imagem final. 

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O meu contato com a espiritualidade começou quando eu tinha 15 anos, após viver um trágico acidente na ilha do Bananal, em Angra dos Reais. Aconteceu um deslizamento no ano novo onde perdi quatro pessoas da minha família de forma muito inesperada. Foram dias muito difíceis e eu precisei de tempo para assimilar tudo que havia acontecido.
Para aprender a lidar com essa dor, precisei me abrir para algo maior e só assim pude encontrar uma passagem secreta em um beco que parecia ser saída. 

É claro que é uma parte triste da minha história, mas, hoje entendo que foi a partir dela que despertei para outras partes tão importantes em mim. A dor ela tem muito a nos ensinar, e a situação que estamos vivendo nunca é o nosso destino final. São passagens necessárias para reconhecermos o valor da vida e entendermos que essa jornada terrena é uma grande experiência evolutiva.

Dez anos se passaram do acidente e hoje posso afirmar que encontrei um propósito por trás de toda a minha história. Precisamos deixar que a nossa própria vida seja o caminho do despertar. Aos poucos, entendi que o passo depois da dor é a cura e ela pode chegar de várias maneiras. Com paz em meu coração, afirmo que tudo o que eu vivi me fez estar aqui.

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Ninguém passa dessa vida ileso aos momentos difíceis e ninguém cresce no conforto. Quando estamos passando por situações de dor, somos convidados a olhar para dentro do nosso coração e avançar para a transformação. É preciso ter coragem para viver com o coração e encontrar a nossa melhor versão.

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Algum tempo depois do acidente, o Ho’oponopono me foi apresentado por uma pessoa muito especial que não está mais neste plano, e eu pude sentir que estava me reconectando a algo que já fazia parte de mim. Foi mágico e me trouxe muita força para caminhar.

Essas palavrinhas mágicas transformam a nossa vida de um jeito que nem podemos imaginar. Em havaiano, Ho’oponopono significa ”corrigir um erro” ou ”reestabelecer o equilíbrio”, e esses erros nascem de memórias dolorosas do nosso passado que ficaram armazenados em nosso subconsciente e ficam sendo reencenadas, criando uma realidade de dor e sofrimento. Ao praticar Ho’oponopono, fazemos esse processo de limpeza e purificação, que limpa essas memórias e dá espaço à inspiração, que é trazida pela divindade existente dentro de nós. 

Quando escolhemos viver a partir da inspiração, os nossos pensamentos são claros e criam uma realidade harmônica e abundante, e é através da inspiração que podemos acessar o nosso propósito.

Através do Ho’oponopono eu me senti inspirada para compartilhar o que vinha aprendendo. Sou formada em nutrição, mas fui mencionada como ”nutricionista da alma” pelas pessoas que me acompanham e confesso que fez muito sentido para mim. Descobri uma grande paixão em viver o meu processo de autoconhecimento e compartilhar sobre ele, nutrindo almas com inspiração e espiritualidade. Quando comecei esse trabalho, não imaginava que alcançaria tantas pessoas e tocar tantos corações. Comecei a perceber a grandiosidade do trabalho quando cheguei em 500 mil pessoas e decidi tatuar ”Ho’oponopono” como meu mantra de vida.

“Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grata”. O que mais me encanta na prática é que não existe regra, nem hora certa, nem jeito certo. São palavras chaves que podem ser ditas mentalmente ou em voz alta, em situações de conflito ou de profunda alegria. Temos muitas memórias armazenadas que não nos recordamos e ainda assim devem ser purificadas. Todo o trabalho consiste em purificar, purificar, purificar.

A prática constante de Ho’oponopono nos leva a lugares nunca antes visitados e nos permite criar uma realidade pacífica, leve e tranquila, através da construção de uma nova percepção da vida, experienciando a dádiva de viver conectado ao momento presente.


Muito tem se falado sobre a importância do autoconhecimento… Mas como chegamos a ele? A essa resposta que Marina Repetto, nutricionista (do corpo e da alma) e especialista em Ho’oponopono, nos guiará em sua mais nova coluna aqui na Bons Fluidos Digital todas as sextas-feiras, às 12h.