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Acostume-se com o medo

Experiência universal vivida até mesmo pelos insetos, o medo é uma reação natural ao nos aproximarmos da verdade; entenda esse sentimento e como driblá-lo

Geralmente pensamos que as pessoas corajosas não sentem medo, mas a verdade é que elas estão apenas mais familiarizadas com ele – iStock

Quando passamos pelas poças formadas pelas marés e
estendemos as mãos para os corpos abertos das anêmonas marinhas, elas se
fecham. Essa é uma reação espontânea, comum a todos. Não há nada de terrível em
sentir medo quando enfrentamos o desconhecido. Reagimos contra a possibilidade
da solidão, da morte, de não termos nenhum apoio. O medo é uma reação natural
ao nos aproximarmos da verdade.
                Geralmente
pensamos que as pessoas corajosas não sentem medo, mas a verdade é que elas
estão apenas mais familiarizadas com ele. Aceitam que estão morrendo de medo e
reconhecem esse sentimento como um velho amigo.
                Quando
estamos com medo, o conselho que geralmente recebemos nos diz para adoçá-lo,
atenuá-lo, tomar um comprimido ou procurar uma distração. Fugimos dele. Mas só
ele e a dor podem nos ajudar a destruir nosso velho eu e a nos despertar para
outras possibilidades. Mas cedo ou tarde compreendemos que, embora não possamos
fazer com que a dor ou o medo sejam agradáveis, são eles que acabarão por nos
colocar diante de todos os ensinamentos que algum dia lemos ou ouvimos – são
sentimentos transformadores. Se deixarmos seguir seu curso sem detê-lo, eles
serão capazes de abrir caminhos para uma nova vida, mais plena e feliz. 

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