O aluá é uma bebida criada por povos de origem afro-indígena e seu nome é proveniente do idioma Kimbundo. No entanto, também há controvérsias em torno de sua origem já que alguns indícios demonstram que este “refrigerante” rudimentar foi criado por indígenas brasileiros. É possível encontrá-lo em regiões do nordeste.
A bebida é feita a partir da fermentação de cascas de abacaxi ou grãos de milho e adoçadas com rapadura ou açúcar mascavo, seu sabor se assemelha a um refrigerante gaseificado naturalmente. Além de delicioso, o aluá de abacaxi utiliza as cascas da fruta e evita desperdícios.
Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, a chef de cozinha Irina Cordeiro ensinou a preparar a bebida ancestral e destacou que ela é rica em probióticos e é possível fazê-la com cascas de outras frutas.
Ingredientes
- Cascas de 1 abacaxi bem maduro
- Punhado de pimenta da Jamaica ou qualquer outro tempero seco que goste (cravo, canela, erva-doce)
- 5 moedas de gengibre
- 3 colheres de sopa de açúcar (pode ser melado de cana, rapadura, mascavo ou demerara)
- 2 litros de água filtradas.
Modo de Preparo
Lave bem o abacaxi antes de cortar, para tirar qualquer resíduo ou sujeira. Corte as cascas e pique em pedaços menores como no vídeo. Coloque tudo em uma tigela grande, acrescente as especiarias, o gengibre e 2 colheres de sopa de açúcar cheia, junto da água. Macera bem com as mãos “limpas”, rasgando e espremendo as cascas por cerca de 3/5 min (isso é muito terapêutico).
Tampe com um pano limpo e deixa por 12 horas, ou uma noite, em temperatura externa, fora da geladeira. Feito esse processo, coe tudo com auxílio de uma peneira e coloque numa garrafa, que pode ser de refrigerante ou plástica e adicione mais uma colher de açúcar. Cubra essa garrafa com um pano e deixe descansar por mais 12 h a 24 h fora da geladeira fermentando. Caso não consuma imediatamente, guarde em geladeira e consuma em até 15 dias.