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Entenda quando uma dor de cabeça pode virar motivo de preocupação com o nosso cérebro

Published 26/03/2022

Neurologista explica em que momento temos que nos preocupar mais com as dores de cabeça - Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

As dores de cabeça são, normalmente, condições comuns do nosso dia a dia que podem indicar falta de sono, uso de óculos com grau incorreto, estresse, exposição a ruídos altos ou adereços apertados na cabeça. Mas, em alguns casos, temos que ficar em alerta: algumas dores nessas regiões podem representar doenças. O neurologista Dr. Gabriel Novaes explica quando isso pode ocorrer.

“A suspeita de tumores cerebrais não é levantada com qualquer dor de cabeça comum, apenas quando ela apresenta algum alarme, ou seja, é diferente. O surgimento de uma dor de cabeça nova, a mudança do tipo de dor de cabeça, a piora da intensidade, aumento da frequência, ou quando a dor é fixa são sinais que podem ajudar no diagnóstico”, esclarece. 

Entenda quando uma dor de cabeça pode virar motivo de preocupação com o nosso cérebro

Epilepsia com quadros de desmaio, fadiga, formigamento no corpo, amnésia, confusão mental ou outras crises convulsivas, principalmente quando o paciente apresenta a crise pela primeira vez, ou não tenha recebido o diagnóstico de epilepsia antes, também pode ser motivo de preocupação.

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Outro sintoma comum é a perda de funções neurológicas, com os chamados ‘déficits focais’. Segundo o INCA, Instituto Nacional do Câncer, órgão ligado ao Ministério da Saúde, o paciente pode apresentar perda de força ou do tato nos membros; de visão ou de audição; alterações da fala ou da capacidade intelectual (compreensão, raciocínio, escrita, cálculo, reconhecimento de pessoas); ou de comportamento.

Essa identificação do paciente é importante uma vez que hoje não conseguimos identificar métodos de rastreio efetivos para encontrar estes tumores no início do seu crescimento, segundo o Dr. Gabriel.

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“Nosso cérebro não tem receptores para dor, e ele é protegido pela nossa calota craniana, muito diferente dos seios que podem ser palpados, dos pulmões que podem ser auscultados e do nosso intestino que pode ser visualizado facilmente. Quando encontrarmos maneiras efetivas de frear esses tumores, talvez possamos sugerir formas de gerar uma prevenção a nível populacional, e salvar muitas vidas, mas ainda é cedo”, conta.

No caso do tratamento, o neurologista diz que há basicamente 3 pilares principais: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. “Em casos extremamente bem selecionados podemos tentar, em caráter de exceção, terapias alvo ou imunoterapias, mas ainda não são estratégias provadas efetivas nos tumores cerebrais, apesar de estudos estarem extremamente avançados e muita esperança paira sobre os neuro-oncologistas em todo o mundo”, finaliza o médico.

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