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Disfunção erétil: possíveis causas e tratamentos fitoterápicos

Na coluna desta semana, Jamar Tejada aborda a disfunção erétil, assunto que ainda é tabu entre homens e mulheres, e explica possíveis causas para a condição e tratamentos naturais que podem ser utilizados

Disfunção erétil: possíveis causas e tratamentos fitoterápicos
Disfunção erétil: possíveis causas e tratamentos fitoterápicos – PEXELS

Apesar de ser um problema bastante comum, esse assunto é tabu e um tanto delicado para homens – e até para mulheres. Você sabia que metade dos homens acima de 40 anos sofre com a disfunção erétil? Pois é. Estimativas indicam que até 2025 mais de 322 milhões de homens em todo o mundo vão passar por isso. É claro que o péssimo estilo de vida que estamos levando, cheio de estresse, com má alimentação e falta de exercícios físicos, são alguns dos fatores potencialmente desencadeantes.

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A disfunção erétil é definida como a incapacidade de iniciar ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória e pode ocorrer por uma dificuldade ou falha no funcionamento de uma ou mais estruturas envolvidas.

DISFUNÇÃO ERÉTIL: COMO ACONTECE? POR QUÊ?

Existem mais de um tipo de disfunção erétil, com diversas causas físicas e psicológicas, que vão desde problemas cardiovasculares, metabólicos, neurológicos, hormonais, cirurgias ou uso de certos medicamentos ou substâncias, sintomas de ansiedade e até mesmo o próprio medo de falhar.

Quando a questão é psicológica, geralmente acontece porque ocorrem picos de adrenalina que levam à contração das estruturas que deveriam estar relaxadas para a válvula que mantém a ereção funcionar. Ou seja, a adrenalina fecha as artérias do pênis e corta a ereção.

Essa hiperdescarga adrenérgica (noradrenalina, adrenalina, etc) no organismo gerada pela responsabilidade na hora da penetração, é conhecida como ansiedade de desempenho, resultando em uma ereção mais fraca.

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ATRAÇÃO É IMPORTANTE E FAZ DIFERENÇA

Além disso, o paciente também pode sentir que desempenho sexual é melhor com algumas pessoas do que com outras. Isso significa que com certos parceiros ou parceiras, falta atração suficiente e a química entre o casal não é acionada. Assim, com certas pessoas, um homem pode sofrer com a impotência, mas com outras não.

Outros fatores desencadeantes:

Idade: Quanto mais velho, maior a propensão à disfunção erétil, já que quanto mais velho mais problemas de saúde vão surgindo, além da questão circulatória. Mas isso não significa que a idade seja fator decisivo para que a disfunção erétil ocorra. Aliás, estudos recentes mostram que a impotência sexual atinge um número alto de jovens, contrariando o senso comum. Uma pesquisa do Datafolha em parceria com a plataforma Omens mostrou que, entre brasileiros de 18 a 35 anos, 38% relataram algum grau de dificuldade com a ereção.

Problemas emocionais: Depressão, ansiedade, insônia, medo de desapontar a (o) parceira (o) e problemas de relacionamento e estresse têm reflexo direto no desempenho sexual.

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Pornografia em excesso: Outra possível causa de disfunção erétil entre os jovens é o consumo desenfreado de pornografia, assim como masturbação em excesso, e um predomínio de interações e atividades digitais em detrimento de relações interpessoais.

Trabalhos recentes revelam que a pornografia pode causar distorções da autopercepção e da apreciação de parceiras (os), tornando as experiências do mundo real desconfortáveis e até mesmo frustrantes.

Álcool: A embriaguez pode gerar uma inibição tão grande que a ereção não se sustenta. A desidratação resultante do consumo excessivo de bebida alcoólica também pode atrapalhar a circulação no pênis.

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Drogas ilícitas: Embora no início a sensação seja de melhora, com o tempo ou o abuso, substâncias como cocaína, maconha e drogas sintéticas prejudicam a ereção e a libido por os efeitos que causam no cérebro.

Anabolizantes: O uso de esteroides em altas quantidades ou por longos períodos interfere na produção natural de testosterona.

Medicamentos: Alguns remédios podem ter problemas de ereção como seu principal efeito colateral. É o caso de certos tipos de anti-hipertensivos, antipsicóticos, ansiolíticos e antidepressivos, entre outros.

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Cirurgias: procedimentos como cirurgias para retirada da próstata, bem como a radioterapia pélvica, podem resultar em lesões nos nervos. Os riscos são variáveis, e muitas vezes o problema é apenas temporário.

Problemas hormonais: O diabetes pode afetar a ereção por alterar o funcionamento de artérias e nervos; níveis baixos de testosterona (hipogonadismo), hiperprolactamia, hiperprolactinemia e distúrbios da tireoide também podem interferir negativamente e esses, precisam ser tratados.

Problemas neurológicos: Qualquer doença que afete o cérebro (como Alzheimer e Parkinson), a medula ou os nervos periféricos pode afetar também na função erétil.

Tabagismo: As substâncias do cigarro prejudicam as artérias e a circulação sanguínea.

Pressão alta, sedentarismo, obesidade e colesterol alto: Os mesmos fatores de risco para aterosclerose e doenças cardiovasculares são uma ameaça às ereções, já que geram prejuízos para a circulação.

TRATAMENTO PARA A DISFUNÇÃO ERÉTIL

Como farmacêutico, sempre recebi queixas dos homens em relação a esse problema, mas percebi que depois da pandemia essas queixas aumentaram consideravelmente. Recebo pedidos diários de ajuda de homens de todas as idades. Os pacientes me procuram querendo uma solução prática: “- Faz uma fórmula para melhorar meu desempenho?”. A solução não é simples assim, até porque já ficou claro que a questão psicológica é um dos pontos mais importantes.

Por isso, buscar ajuda profissional com psicólogo ou psiquiatra é fundamental.

Alguns dos tratamentos mais indicados é o uso de medicamentos como a tadalafila (Cialis) e a vardenavila (Levitra) que facilitam a ereção por períodos de cerca de quatro horas, enquanto outros podem durar até 36 horas, mas são contraindicados para homens com dores no peito durante esforço físico e usuários de remédios para o coração à base de nitratos, pois a interação medicamentosa pode provocar queda brusca de pressão arterial.

Apesar desses medicamentos serem considerados bastante seguros, devem ser utilizados sob orientação médica e quando, realmente, eles possam ser úteis. O problema é que muitos utilizam esses medicamentos sem diagnóstico de disfunção erétil, fazendo-o apenas com o objetivo de melhora da performance. O risco dessa prática é que, em longo prazo, pode se estabelecer uma “dependência psicológica”. Ou seja, a ereção só vai acontecer junto ao uso do medicamento.

Se o paciente não responde ou não podem utilizá-los, o tratamento de segunda linha é com drogas injetadas pelo próprio usuário no pênis, nos corpos cavernosos do pênis, antes do sexo. São utilizadas substâncias como a fentolamina, a papaverina ou a prostaglandina.

FITOTERAPIA: as nove plantas mais utilizadas para o tratamento da disfunção erétil

Fugindo da alopatia e entrando na minha área, a fitoterapia, existem ervas mais estudadas e utilizadas para disfunção erétil. Vou citar as nove plantas mais utilizadas para o tratamento da disfunção erétil. Lembrando que, de forma alguma, o uso desses fitoterápicos deve ser feito sem orientação de um profissional de saúde da área, pois todo fitoterápico pode causar interações com outros medicamentos além de poder ter efeitos colaterais.

Panax Ginseng

Há duas teorias proposta para justificar o uso do Panax Ginseng (ou Ginseng vermelho) na disfunção erétil. Uma delas é que esse fitoterápico influencia os hormônios responsáveis ​​por atingir a ereção. Outra é que promove o fluxo sanguíneo, aumentando a quantidade de óxido nítrico. Uma revisão de 2008 publicada no British Journal of Clinical Pharmacology, mostrou que o Panax ginseng é mais eficaz que o placebo na redução dos sintomas de disfunção erétil.

Crocus sativus

Ensaios clínicos randomizados duplo-cegos revelaram superioridade do crocus sativus quando comparado ao placebo. No entanto, quando comparado com sildenafila, não mostrou resultados promissores.

Tribullus terrestris

Geralmente os estudos destacam mais o Tribullus terrestris no tratamento de infertilidade e perda de libido. No entanto, formulações contendo esse fitoterápico foram consideradas eficazes em ensaio com mais de 170 pacientes com disfunção erétil. Evidências experimentais destacam possível ação no endotélio, dependente de óxido nítrico gerando suas ações pró-eréteis.

Picnogenol

O modo de ação de Pinus pinaster na disfunção erétil é desconhecido e, apesar de alguns trabalhos relatarem efeito na disfunção erétil, até o momento nenhum estudo avaliou os efeitos de Picnogenol no corpo cavernoso de forma isolada.

Epimedium

Acredita-se que o Epimedium altera os níveis de certos hormônios no corpo, o que pode, por sua vez, melhorar o desempenho sexual. Estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine mostrou que os ratos que receberam o extrato de Epimedium demonstraram maior incidência de fluxo sanguíneo do que aqueles que não receberam.

Ginkgo biloba

Ginkgo biloba atua dilatando os vasos sanguíneos para promover o fluxo sanguíneo aos órgãos sexuais. Estudos mostram que ginkgo pode ser mais eficaz para tratar a disfunção sexual causada pelo uso de inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs), medicamentos prescritos para tratar a depressão.

Iombina

É um alcalóide obtido da casca de uma árvore perene africana, a yohimbe (Pausinystalia yohimbe) que pertence à classe farmacológica dos bloqueadores alfaadrenérgicos. Indicado para impotência sexual masculina, por ser vasodilatador, melhorando a circulação local. Ela atua ativando a liberação dos hormônios epinefrina e norepinefrina, bloqueando os efeitos de outros compostos que podem contrair os vasos sanguíneos do pênis. Estudos demonstraram que a iombina é capaz de aumentar a libido e a motivação sexual em estudos com animais.

Maca Peruana

Embora a função sexual seja parcialmente regulada pela testosterona, há poucas evidências de que a Maca peruana (Lepidium meyenii) possa aumentar a testosterona sérica ou testicular. No entanto, estudos em animais sugerem melhora da disfunção sexual através do aumento da pressão intracavernosa em relação à pressão arterial média.

Long Jack

Esse medicamento fitoterápico é uma opção para homens que precisam realizar a reposição de testosterona ou androgênio. A maneira como repõe a testosterona relaciona-se ao aumento da taxa de lançamento de testosterona livre. Por isso, essa medicação é considerada um meio de restauração de níveis de testosterona normais. Seus benefícios incluem aumento dos níveis de testosterona; reforço dos órgãos sexuais saudáveis, aumento da libido além de melhora da atenção e bem estar, ganho de força muscular e redução do estresse e os sintomas de fadiga.

Long jack é contraindicada para pessoas com problemas nos rins, fígado, câncer de próstata, diabetes ou doenças cardíacas. Além disso, o aumento nos níveis de testosterona pode afetar o sistema imunológico. Como efeitos colaterais, o Long Jack pode provocar irritação, agitação, insônia e aumentar a temperatura do corpo.

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Fonte: https://magistralguide.com.br/os-7-principais-fitoterapicos-usados-na-disfuncao-eretil/#:~:text=H%C3%A1%20duas%20teorias%20proposta%20para,a%20quantidade%20de%20%C3%B3xido%20n%C3%ADtrico.