Cientistas do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP), em São Paulo, descobriram que alguns pacientes com sintomas leves, podem permanecer mais de 30 dias com o vírus ativo no organismo e transmitir a doença pelo mesmo período.
Em um artigo recentemente publicado na plataforma científica medRxiv, os pesquisadores informaram que duas pacientes continuaram com os sintomas da doença por mais de 30 dais e testes realizados no decorrer deste tempo constatou que elas ainda estavam positivadas para o vírus. A constatação pode ser um alerta para que o tempo de isolamento destes pacientes seja maior do que os 14 dias recomendados.
Além das duas pacientes, a USP permaneceu observando um paciente que permaneceu mais de 50 dias com o vírus ativo.
“As análises indicam que o RNA viral permanece detectável por mais tempo na saliva e na secreção nasofaríngea. Em 18% dos voluntários, o teste de RT-PCR nesse tipo de amostra permaneceu positivo por até 50 dias. Entre estes, 6% mantiveram-se transmissores [com o vírus ainda se multiplicando] durante 14 dias”, disse a professora do IMT-USP Maria Cassia Mendes-Correa à Agência FAPESP.
Os pesquisadores ainda afirmaram que a conclusão do artigo ainda necessita de uma revisão.