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Um olhar carinhoso…e tudo se ilumina

Acredite no final feliz: não há cantinho sem graça ou móvel velho que resista a uma boa dose de criatividade! Como prova disso, reunimos seis ideias cheias de charme e superfáceis de reproduzir

Um olhar carinhoso…e tudo se ilumina – Célia Mari Weiss

Onde o básico não tem vez

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Cansada das paredes escuras de sua casa pré-fabricada, a publicitária paulista Doris Alberte resolveu presentear algumas delas com revestimentos mais alegres – ainda assim, parte da estrutura de madeira permaneceu exposta. Primeiro, foi necessário cobrir as superfícies com placas de MDF 6 mm a m de que cassem lisinhas. Depois, bastou aplicar umfundo de látex PVA branco nas chapas e brincar com tinta acrílica: turquesa na sala de jantar e cinza no home office. O toque final foi a aplicação de sobras de papel de parede (na foto da página ao lado e na imagem acima, o papel tem ref. 1856, da linha Azulejo, da Bobinex).
O fabuloso destino do armário cinza

Assim que a artesã Ana Matusita, de Campinas, SP, bateu o olho neste móvel em um bazar de caridade, soube que bastaria um banho de tinta (na época usou tinta esmalte, cor Prata Fina, ref. 30BB 62/004, da Coral) e um adesivo fofo (infelizmente, este já está fora de linha, da Meu Adorável Iglu) para fazê-lo renascer. Além de acrescentar uma boa dose de graça à sala, a peça colaborou para que o ambiente ficasse mais organizado ao desempenhar um mix de funções. Agora guarda CDs e DVDs, exibe objetos decorativos sobre o tampo e serve de adega: “Guardo garrafas de vinho embaixo dele. O local é ideal: fresco e escurinho!”, diz a moradora.
O caçador da relíquia (quase) perdida
Se não fosse a promessa de Peterson Kleim de que o restauraria, o destino certo do armário que está em sua copa seria a fogueira no sítio da família. “Mas aproveitei
apenas a estrutura dele. Como as portas estavam velhas demais, mandei confeccionar outras, vazadas, e fechei os vãos com placas finas de MDF revestidas de tecido
adesivo”, conta o paulistano. “Quanto à pintura, desenvolvi uma técnica de pátina: primeiro, tingi a madeira de látex PVA azul e, em seguida, apliquei uma camada de
cera em pasta. Por cima, passei tinta branca e, com uma espátula, fui raspando para criar o efeito desgastado. A finalização se deu com verniz incolor.” O sistema de fecho–toque dispensou puxadores.
Pronto para os tempos modernos

Herdada da família do marido, a chapeleira antiga recepciona todos os que entram na casa de Ana Matusita (a dona também do móvel com adesivo da página 46). Originalmente de madeira escura, a peça permaneceu assim até cinco anos atrás, quando a moça se cansou do visual sisudo e resolveu, com spray em punho,
fazer sozinha a transformação. Só que a empreitada não deu certo. “Tem horas em que é melhor contar com um especialista”, resigna-se. Pintor contratado, o móvel ganhou uma romântica laca cor-de-rosa, e Ana, um largo sorriso no rosto. O vasinho amarelo, esse, sim, foi customizado por ela. A dose de Con-Tact preto parece reiterar toda essa satisfação.
De volta à vida

A jornalista Alessandra Okazaki não esconde o quanto fica impressionada com a quantidade de objetos, móveis ou restos deles sendo descartados em caçambas e
lixeiras espalhadas por sua cidade, a bela Curitiba. “Às vezes penso que daria para decorar uma casa inteira com o que se acha jogado por aí! Bastaria um pouco de
vontade e criatividade.” Foi o que ela usou para criar o aparador da foto ao lado. A estrutura metálica cromada ela encontrou abandonada na calçada. Mandou cortar
um tampo de pínus na medida exata da estrutura (no caso, 68 x 25 cm), lixou bem e deu um charme à peça com a mescla de pintura lisa e estampada feita com estêncil
(veja no detalhe). Serviço feito, a peça ganhou destaque na sala, junto com um banquinho de madeira e uma inspiradora fotografia.