Primeiros contatos de Divaldo Franco com a mediunidade e sua vida no Espiritismo
Ao longo da vida na Terra, o médium fez mais de 20 mil conferências em 2,5 mil cidades de 71 países, aproximadamente, para espalhar mensagens de amor

Ao longo da vida na Terra, o médium fez mais de 20 mil conferências em 2,5 mil cidades de 71 países, aproximadamente, para espalhar mensagens de amor
Divaldo Franco deixou o plano terreno na noite da última terça-feira (14), mas seu legado ficará na memória, principalmente, do Espiritismo para sempre. Dessa forma, em homenagem à figura tão importante, reunimos alguns feitos dele em vida para você poder conhecê-lo melhor. Confira:
Aos quatro anos de idade, em 1931, o menino teve seu primeiro contato com a mediunidade sem ainda saber do que se tratava. Uma mulher, que se apresentou como Maria Senhorinha, pediu para que ele desse um recado à mãe católica, Anna. Porém, ao chegar aos ouvidos dela, não pôde acreditar, já que era o mesmo nome de sua mãe, quem não havia conhecido, pois morrera durante o parto da mesma. Dessa forma, levou o menino até sua irmã, Edwidges. Ao ouvir a descrição, ela descobriu que, sim, se tratava da matriarca e, assim, passou a chorar.
Três anos mais tarde, ele passou a ser perseguido por um espírito sem luz, o qual identificava como Máscara-de-Ferro. Em vidas passadas, eles já tinham se encontrado no século XVII, quando eram religiosos franceses e a alma de Divaldo Franco interrompeu a vida do colega. Mesmo tendo pedido perdão ao obsessor – que aparecia sempre com o rosto coberto por uma máscara em chamas – ele não o deixou. A situação mudou quando o médium acolheu uma criança abandonada em uma lata de lixo, a reencarnação da mãe da entidade, e, assim, o deixou em paz.
Já na adolescência, a irmã de Divaldo Franco, Nair, sofreu uma traição do marido e, por isso, tirou sua própria vida. Pela boa relação em vida, a jovem passou a aparecer para ele, bastante arrependida da decisão e implorando por ajuda. Depois, de um tempo, a mesma voltou à Terra como filha de uma mulher muito pobre, que procurou por ajuda na Mansão do Caminho – obra social idealizada pelo médium – em busca de alimento à pequena. Com a saúde frágil, a criança foi acolhida pelo irmão, que cuidou dela até os nove anos idade, quando desencarnou naturalmente.
Outro ocorrido que abalou a vida de Franco foi a passagem súbita do irmão José e o que aconteceu depois. Durante o velório, ele sentiu que perdeu o sentido das pernas, o que o fez ficar paralítico durante seis meses. O ponto de virada foi a ajuda da médium Dona Naná, que o curou, pois descobriu que o irmão estava o seguindo o tempo todo. Além disso, o apresentou ao Espiritismo. Depois do episódio, ele se mudou para Salvador em 1945, onde idealizou a Mansão do Caminho após dois anos.
Ao longo da vida na Terra, Divaldo Franco fez mais de 20 mil conferências em 2,5 mil cidades de 71 países, aproximadamente, para espalhar mensagens de amor. Psicografando mais de 200 autores espirituais – como Eurípedes Barsanulfo, Joanna de Ângelis e São Francisco de Assis – escreveram cerca de 260 obras publicadas e venderam mais de dez milhões de exemplares.
Ao lado de Nilson de Souza Pereira, que desencarnou em 2013, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção em 1947, e em 1952, a Mansão do Caminho, a qual funciona como uma cidade pequena, já que tem 44 edificações, ruas, bosques e lago, e ajuda mais de cinco mil pessoas diariamente. Ademais, em vida, Divaldo Franco era conhecido como líder do Espiritismo e recebeu mais de 800 homenagens nacionais e internacionais, tendo até mesmo conhecido Papa Francisco. Ele também foi ‘Embaixador da Paz no Mundo‘, ganhou doutorados honoris de universidades de vários países e teve sua jornada retratada em filmes, tal qual ‘Divaldo – O Mensageiro da Paz‘, peças de teatro e livros.