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Menina de 3 anos recebe transplante de coração em tempo recorde de 5 horas em SP

Desde a entrada na fila de espera pelo coração até o final da cirurgia, passaram-se 6h20. O procedimento ocorreu em São José do Rio Preto, São Paulo

Menina de 3 anos recebe transplante de coração em tempo recorde de 5 horas em SP
Menina de 3 anos recebe transplante de coração em tempo recorde de 5 horas em SP

30 a 90 dias. Esse é o tempo médio que uma pessoa na fila do transplante espera por um coração, segundo dados do Ministério da Saúde de 2023. Nesta última semana, porém, um caso chamou a atenção. A pequena Ana Lívia Prado, de apenas 3 anos, recebeu o órgão apenas 5 horas após ser incluída na fila, um tempo recorde para a comunidade médica paulista.

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Criança passa apenas 5 horas em fila de espera por coração no interior de SP

Ana Lívia foi diagnosticada com uma doença congênita que fazia seu coração crescer anormalmente. A cirurgia, que durou 3h20, ocorreu no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto, cidade localizada no interior do estado de São Paulo.

Pela gravidade da doença, Ana Lívia entrou imediatamente para a lista de espera do órgão como prioridade e, após 5 horas, recebeu o coração de uma criança que morreu devido complicações da hidrocefalia, doença caracterizada por um acúmulo de líquido localizado nas cavidades internas do cérebro.

“Quando a gente para o coração do doador, no caso, em Cuiabá–MT, temos quatro horas para transportar, fazer cirurgia e fornecer sangue para o coração começar a bater novamente. Com o coração em Cuiabá, pegamos o helicóptero até o aeroporto, depois pegamos o avião até Rio Preto e a GCM nos escoltou até o hospital para ser mais rápido”, disse Ulisses Crotti, coordenador do Centro do Coração da Criança do HCM, em entrevista ao G1.

Desde sua entrada na fila de espera até conclusão da operação cirurgia, passaram-se 6h20, o menor tempo na história do serviço de transplantes em São José do Rio Preto. “Logo começamos a cirurgia e colocamos o coração para bater. Isso garantiu o tempo que chamamos de viabilidade miocárdica, ou seja, o tempo adequado para que esse coração tivesse uma boa contração”, continuou Ulisses.

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Talissa Prado, genitora de Ana Lívia, agradeceu imensamente à mãe da criança que faleceu devido complicações da hidrocefalia pela autorização para doação do coração. Apesar da perda, Talissa disse que espera que ela se sinta feliz, pois o seu “sim” foi o primeiro e grande responsável pelos atuais batimentos cardíacos de sua filha.

Após cirurgia, considerada um sucesso, Ana Lívia seguiu para a Unidade de Terapia Intensiva, UTI, do Hospital da Criança e Maternidade. Felizmente, ela está estável e responde bem ao tratamento.

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