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A primavera floriu

E encheu de cor as ruas, os parques e os jardins. Tantos matizes simbolizam alegria. Abra-se para ver e perceba que até a cidade celebra a natureza

A primavera floriu – Shutterstock

No poema Os Dias Lindos, o poeta Carlos
Drummond de Andrade disse que o céu de abril é mais azul*. Imitando o poeta e
olhando para tudo, a gente descobre que em setembro o céu até pode estar mais
pálido, mas as ruas, os parques e os jardins são mais coloridos. Uma explosão
de tons tinge a copa das árvores nessa época. Branco, rosa bem clarinho, rosa
mais forte, lilás, púrpura, alaranjado, vermelho. E a principal responsável é
uma planta em particular: a primavera.
Também conhecida por buganvília, ou três-marias.

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A festa de cores – quase uma
cromoterapia – vai até o início do próximo ano. A gente se engana e pensa que
os tons vêm das flores. Na verdade, vêm das folhas. Três folhas caprichosamente
modificadas que formam uma proteção colorida ao redor da pequenina flor ao
centro. “Uma das explicações para o nome três-marias, corrente no Rio Grande do
Sul, talvez venha dessa formação. Cada florescência é formada por três folhinhas”,
afirma Paulo Takeo Sano, professor do departamento de botânica da Universidade
de São Paulo.

O especialista explica que
provavelmente a primavera surgiu
na América do Sul, mais especificamente no Brasil. De onde se espalhou pelas
regiões de clima seco, como o Mediterrâneo. No início, a trepadeira aparecia
apenas nas versões mais claras. As cores fortes são o resultado de melhoramento
no cultivo.

Um empurrãozinho para embelezar o
mundo.

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