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Dor na cicatriz da cesárea: cirurgião plástico explica porquê o desconforto acontece e o que pode melhorá-lo

O assunto veio à tona depois que a apresentadora Rafa Brites anunciou que faria uma cirurgia para interromper seu ciclo de dor na cicatriz

Cicatriz da cesárea pode dor e cirurgião plástico explica porquê isso acontece – Getty Images

Recentemente, a apresentadora Rafa Brites anunciou em suas redes sociais que iria passar por uma cirurgia para corrigir sua cicatriz de cesárea, realizada há três anos. Motivo: sentia muita dor no local e passou por diversas aplicações de corticoides, mas sem sucesso.  

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Muitas mulheres sofrem com esse problema, já que o Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em número de cesarianas. Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece em até 15% a proporção recomendada, no Brasil, esse percentual chega a 57%. 

O caso, após ganhar repercussão na web, serviu como alerta para ressaltar que a dor e o desconforto por cicatrizes hipertróficas não podem ser considerados algo normal.  

Vale ressaltar que o problema pode acometer pessoas que fizeram qualquer procedimento cirúrgico, não especificamente uma cesariana. 

Segundo Tiago Simão, cirurgião plástico, médico do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, a cicatrização anormal significa que a pele respondeu de forma inesperada ao corte, podendo ser considerada uma cicatrização hipertrófica ou queloide, no entanto, são quadros distintos. 

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DIFERENÇA ENTRE AS CICATRIZES

Queloide

A queloide ultrapassa a lesão do corte e não é de costume aparecer imediatamente após a cirurgia, pois tudo vai depender das fibras de colágeno na cicatriz.  Fácil de ser identificada quando a pele está elevada, brilhante ou dolorosa, a queloide apresenta crescimento ao longo do tempo, além de não regredir espontaneamente. “Fica alta e bastante grossa. É uma cicatriz bem feia e mais difícil de ser tratada”, afirma o especialista. 

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Cicatriz Hipertrófica

A cicatrização alta, avermelhada e dolorida pode ser considerada como cicatriz hipertrófica. “Elas formam uma fibrose logo abaixo da camada superficial da pele e se tornam duras, mas costuma se manter dentro do limite do corte”, explica o cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Com frequência, tende a regredir espontaneamente. 

CIRURGIA PARA A CICATRIZ

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Rafa Brites ressaltou que o tratamento com corticoides não apresentou resultados satisfatórios, apesar de ter realizado mais de 30 sessões. Segundo Tiago Simão, quando tratamentos menos invasivos não resolvem, a última opção é aderir à cirurgia. O procedimento remove o tecido da cicatriz e a fibrose que se forma abaixo da pele. No tempo de recuperação, o uso das pomadas de cicatrização e adesivos de silicone, que impedem o crescimento da cicatriz, são indicados. 

Em tempo: cada paciente deve passar por uma avaliação médica e ser analisada individualmente, só assim para melhor diagnóstico e tratamento adequado.

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