Estudo revela que humanidade conhece apenas 0,001% do oceano profundo; saiba mais

De acordo com pesquisa, humanidade conhece apenas uma pequena parte do oceano; profundidade da área segue um mistério

oceano
Novo estudo mostra que humanidade conhece apenas 0,001% do oceano profundo; maior parte da área continua um mistério – Reprodução: Samson Bush/Pexels

Uma pesquisa, divulgada pela revista Science Advances, no dia sete de maio, escancarou o quão pouco conhecemos as profundezas do oceano. De acordo com o levantamento, os seres humanos observaram apenas 3.823 km² do fundo do mar. Esse número representa só 0,001% do total estimado do oceano no planeta Terra – o que equivale à área da cidade de Diamantina, em Minas Gerais.

Publicidade

Como realizou-se o estudo?

A análise, conduzida por pesquisadores da ONG Ocean Discovery League, reuniu dados de cerca de 44 mil mergulhos realizados ao redor do mundo desde 1958. O foco foi em expedições que tiveram imagens do solo marinho, provando que chegaram a sua profundidade máxima.

Usando um segundo método de aferição, o número de quilômetros quadrados cai ainda mais: apenas 2.130km² foram “vistos” em detalhes, com imagens de boa qualidade. Isso porque realizaram grande parte dos registros no fundo do mar antes dos anos 80, com câmeras de baixa resolução e filmagens em preto e branco.

Maior parte do oceano é desconhecido

Ainda de acordo com o estudo, especialistas realizaram, aproximadamente, 65% dos mergulhos próximos à costa terrestre de apenas três países: Estados Unidos, Japão e Nova Zelândia. Junto com a França e a Alemanha, essas nações são responsáveis por 97,2% das investigações em áreas mais profundas do oceano.

Atualmente, cerca de dois terços da superfície terrestre é composto por regiões oceânicas – que cobrem cerca de 66% do planeta. No entanto, 99,999% delas ainda são completamente desconhecidas!

Urgência no processo

Os autores da pesquisa destacam que esta falta de conhecimento na área pode causar ameaças ao meio ambiente, principalmente com as mudanças climáticas visíveis. “Precisamos entender muito melhor os ecossistemas e os processos do oceano profundo para tomar decisões conscientes sobre sua conservação”, pontuou Katherine Bell, presidente da ONG.

A especialista adicionou mais um dado chocante: mesmo com mil plataformas de exploração operando simultaneamente, levaríamos cerca de 100 mil anos para visualizar todo o fundo do mar. Para mudar este cenário, especialistas têm investido em pesquisas e disseminação de tecnologias.

Publicidade