Publicidade

Tu me ensinas a fazer renda…

Artista plástico paulista busca inspiração nas rendeiras do Piauí para compor sua obra cheia de texturas e resgates de uma sabedoria centenária

Tu me ensinas a fazer renda… – Arquivo pessoal
Foi andando pelas ruas movimentadas do centro de São Paulo que, há cerca de três anos, o artista plástico Luiz Prieto se deparou pela primeira vez com as rendas. Nas lojas de tecidos e armarinhos que borbulham na regi ão, Luiz ficou encantado. A cada pedaço, ele admirava a beleza dos desenhos e fazia uma viagem mental particular ao revisitar as lembranças de sua avó. “Na mesma hora, pensei: preciso trabalhar com isto!”, conta. Fez as malas e partiu para uma expedição ao litoral do Piauí, conhecer as rendeiras que há gerações tecem obras-primas. Trabalhou junto com elas, inspirou-se nas cores do rio Parnaíba, dos tijolos, das folhas, e levou de volta para casa uma rica pesquisa, evidente em sua obra. “Estar com elas foi um resgate no tempo.”
Por que o contato com as tradicionais rendeiras foi importante para sua criação? 
Estar com elas me fez sentir uma outra relação com o tempo. Pudemos criar juntos sem ficar presos ao relógio, como acontece em São Paulo. Lá o tempo é outro. Como todas as rendas me interessam, pretendo ainda explorar outras regiões do país e suas tradições, como as rendeiras do Sul ou os crochês.
Como o cenário em volta também te inspirou?
O litoral do Piauí é fascinante. Nas minhas telas, é possível encontrar as cores do rio Parnaíba, o amarelo oxidado, o azul envelhecido, o avermelhado dos tijolos, ou ainda o verde das folhas locais.
– ONDE ENCONTRAR:
blicencaspoeticas.com.br | Tel. (11) 3068-8296

Publicidade