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Um celular a menos

Para o bem do planeta e da própria saúde, a aquisição desse aparelho pede prudência e o descarte correto do equipamento

Um celular a menos – Shutterstock
O design e a tecnologia dos novos modelos de celulares lançados freneticamente seduzem. Porém, quem olha somente para esses atributos não faz ideia da quantidade necessária de água e solo na confecção de cada um desses telefones (veja abaixo). “Precisamos nos conscientizar do impacto ambiental que está por trás desses aparelhos e optar pela troca somente quando estiverem quebrados”, alerta Gabriel Ribenboim, biólogo do Instituto Akatu, que trabalha a favor do
consumo consciente.
O segundo passoé ficar atento ao descarte já que os objetos possuem metais tóxicos, como o chumbo e o mercúrio, que podem causar doenças e poluir o solo e as águas
quando vão parar direto nos lixões. “Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, produtor e consumidor têm responsabilidade compartilhada,ou seja, este último tem a obrigação de devolver o produto onde comprou e o produtor, de recolhê-lo”, explica Ribenboim. Outra opção é procurar no website do Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) o ponto de coleta de materiais eletrônicos mais próximo.
As cooperativas de reciclagem desmontam os celulares, separam os materiais prejudiciais e os outros, como plástico e ferro, são vendidos à fabricantes que precisam deles na produção de seus artigos. Além disso, há empresas que compram e vendem celulares seminovos. Uma delas é a Recomércio, de São Paulo. “Também aceitamos celulares que não têm mais uso. Eles são direcionados a uma cooperativa que faz o descarte e o reaproveitamento certos de todas as partes”, explica Amaury Bertaud,
fundador da organização.
70% dos metais pesados encontrados em lixões e aterros são provenientes de equipamentos eletrônicos descartados incorretamente*
A fabricação de um smartphone consome mais de 12 mil litros de água e 18 metros² de solo**
Em 2014, o Brasil comercializou 70,3 milhões de aparelhos celulares. Ficou na 4ª colocação entre os maiores mercados do mundo nesse segmento, atrás da China, Estados Unidos e Índia***
* Fonte: Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) | ** Fonte: Friends of the Earth – Mind Your Step | *** Fonte: IDC Brasil

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