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Oscar Quiroga – Claus Lehmann

Estamos acostumados ao entendimento de que o adulto em que nos transformamos é o resultado da combinação entre a genética e o meio ambiente em que ele vive, mesclado a todas as vicissitudes, traumas e alegrias que ele vai experimentando ao longo da existência.

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Mas, além da composição física, mental e social, há uma outra dimensão de nossa experiência, um bocado mais sutil. É uma espécie de ordem que atua por trás dos bastidores da realidade caótica percebida, outorgando aos acontecimentos um sentido e um significado. 
Raramente conseguimos perceber essa ordem, mas um pressentimento a sustenta viva a maior parte do tempo.
Pois bem, a astrologia é o conhecimento que parte do seguinte princípio: o Universo não é mera coleção de acasos, mas uma arquitetura inteligente que parece ter um plano em andamento – ainda que nos seja desconhecido. E esse objetivo definido se manifestaria através do tal pressentimento de que há algo mais por trás do que é revelado. 
O mapa astrológico é a leitura dessa outra dimensão, aquela que em nós está mais conectada à ordem cósmica e que anseia se manifestar por meio de nossa presença – esperando que ousemos abrir-lhe as portas e lhe permitir passagem. 
Nossa existência constitui, portanto, momentos do Universo, e a interpretação do mapa astral é a informação que atualiza nossa consciência a respeito do tipo de momento que cada um de nós momento que cada um de nós é. A esse momento são inerentes potencialidades futuras, mas também valores herdados, que podem limitar ou atrapalhar o desenvolvimento dessas potencialidades. O que interessa, contudo, é você ser quem é. E adianto: para se conhecer a fundo há um duro processo de discriminação do que é essencial e do que foi plantado na sua personalidade, como um corpo estranho.
É só depois disso (da compreensão de que somos independentes de nosso passado e de que podemos construir nosso futuro) que conseguimos exercer nossa influência no mundo, já não mais como seres psicossociais apenas, mas como seres cósmicos (esse ser interior que ocupa um invólucro físico para tentar manifestar-se).
Independentemente dos traumas e alegrias que tivemos, da educação que recebemos ou da nossa raça, o ser cósmico que podemos ser não acontecerá automaticamente. Temos de nos atrever a ir além da nossa história e reclamar nosso posto. Exemplo prático: o signo ascendente é o ponto no horizonte que vai nos informar sobre esse ser interior. É esse ser que guarda o segredo da razão de sua existência. Se não levamos a sério a experiência, o ser físico aprisionará a alma. E você não só limitará a sua expressão no mundo como não a integrará a essa ordem maior. 
Por isso, da próxima vez que você fizer uma leitura de mapa astral, não pergunte o que o céu pode fazer por você, mas de que maneira você, como parte integrante da ordem cósmica, pode contribuir com sua presença e atitudes para que o mundo seja um pouquinho maior e melhor. – OSCAR QUIROGA, pisciano, ascendente em Gêmeos e Lua em Touro, é astrólogo. Gosta de estudar o céu interior que nos deixa prontos a exercer influência no mundo. quiroga.net