Conversamos com a astróloga Maína Melo, autora do recém-lançado “Encontros Astrais – Os Signos no Amor e Como Eles Interagem” para saber mais sobre esse oráculo do autoconhecimento e, claro, das possibilidades de encontrar um grande amor. Veja os trechos mais gostosos desse bate-papo
BONS FLUIDOS: Como foi sua formação, Maína? Há faculdade de astrologia?
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MAINÁ MELO: Foi a minha madrinha, a astróloga Débora Maína, quem me iniciou na astrologia quando eu tinha 7 anos. Com ela, o estudo sempre foi informal. Ela me presenteava com livros e me orientava nas leituras dos meus primeiros mapas astrais. Já na faculdade de jornalismo na PUC-Rio é que cursei paralelamente a astrologia com outros mestres. Como esta não é uma profissão regulamentada pelo MEC, não há faculdade. Hoje até existe um curso profissionalizante numa universidade carioca, mas não é um diploma oficial. O conhecimento continua sendo transmitido de mestre para discípulo, astrólogos (como eu) abrem cursos próprios, na maioria das vezes em suas próprias casas e consultórios.
BF: O que nesse mais a fascina nesse oráculo do autoconhecimento?
MM: O que me fascina na astrologia é que ela explica tudo, não há nada que não se relacione com o simbolismo astrológico. É o saber mais completo que existe porque relaciona todos os saberes: a astronomia, a mitologia, a psicologia, a filosofia, a espiritualidade, a arte, a medicina, a economia, a física quântica… Como não amar?
BF: Por que o amor e o sexo são os temas que mais interessam numa consulta astrológica?
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MM: Dez entre dez pessoas que buscam orientação astrológica têm interesse em saber sobre questões de relacionamento, mesmo que essa não tenha sido a motivação inicial, que a pessoa tenha procurado a informação por causa de trabalho, dinheiro ou saúde. Ainda assim, no final sempre surge a pergunta: “os astros dizem alguma coisa sobre meu relacionamento?” Por isso não tive dúvidas quando escolhi o tema do meu livro, amor e sexo são as coisas mais interessantes do mundo.
BF: Todo mundo quer ser feliz no amor, claro. Mas há alguma faixa etária em que amor e sexo mais interessam? Ou isso acontece em todas as faixas etárias?
MM: Interessa a todas as pessoas em todas as faixas etárias… mas, é verdade que na juventude as pessoas são mais ansiosas sobre isso. Na adolescência há aquela ingenuidade querida, mas é por volta dos 20/30 anos que a questão de encontrar um grande amor se torna visceral.
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BF: O que mais precisamente as pessoas que consultam você querem saber? O que elas não querem saber e deviam querer?
MM: Além de amor e sexo? (Risos). O que as pessoas mais querem saber é quem são. Estão em busca de si mesmas e, consequentemente, do seu destino. Desejam saber o que devem fazer, se estão no caminho certo. A astrologia é essencial para fazer escolhas esclarecidas. O que as pessoas, em geral, não querem saber é onde erram. E deveriam querer investigar isso, pois é errando que se aprende. Entenda: para os astros não há certo e errado, os astros são amorais. Mas é possível que uma pessoa faça escolhas equivocadas que a distanciem de seu projeto de vida. Dói saber isso, mas sem saber, como corrigir a rota?
BF: Você costuma ir à astróloga? Ou interpreta seu próprio mapa?
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MM: Nunca mais me consultei com outro astrólogo desde que me tornei profissional dos astros. Além, é claro, da minha madrinha, porque ela é minha segunda mãe, então a ela eu peço conselhos sempre. Interpreto meu próprio mapa o tempo todo, mas não sou infalível comigo mesma. Pelo contrário, posso ter uma interpretação tendenciosa. Mas isso quase não ocorre mais, sabe? Às vezes troco ideias sobre meus trânsitos com amigos astrólogos. E na maioria das vezes que preciso de orientação, busco os tarólogos. Simplesmente porque gosto de dialogar com outros saberes.
BF: Você recomenda a leitura do mapa astrológico todo ano? Por quê? Afinal, os astros que estavam no céu no momento do nosso nascimento, não são sempre os mesmos que levamos em conta?
MM: Recomendo no mínimo uma consulta completa de seu mapa astral na vida. Todo mundo deveria fazer. Todo mundo tem que se conectar ao cosmos, reconhecer seus signos é a melhor maneira de fazê-lo. Mas o ideal seria um acompanhamento anual dos trânsitos, essa avaliação do potencial do momento. Astrologia é o relógio do destino, é o autoconhecimento sobre o tempo. O mapa astral é um só, é o mesmo para toda a vida, mas você é o mesmo por toda a vida? Ninguém é, somos seres em eterno devir a ser nós mesmos. O movimento dos astros não parou quando você nasceu e você segue se relacionando e se transformando com o Universo.
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BF: Poderia falar sobre o planeta Saturno: o que ele representa no mapa astrológico e o que ele contribuiu ou atrapalha no amor?
MM: Saturno é o senhor do carma (risos!). Mas é verdade, ele está relacionado a alguns deveres espirituais. É o planeta do amadurecimento. Digo que é o professor severo do zodíaco: ele apresenta a lição e cobra o resultado. Saturno é sempre uma colheita, só que esta depende da semeadura e do cultivo. No amor, Saturno pode tanto impor limites e separar – porque o relacionamento não agrega muito ao seu projeto de vida, e infelizmente essa constatação pode não ser sua, mas da ordem do destino – como pode consolidar uma relação. As relações que levam a marca de Saturno são realistas, comprometidas e duradouras.
BF: Vênus é o planeta mais importante quando se trata de amor? Por quê? Esse planeta determina nossa maneira de amar? Saber disso ajuda em quê para sermos mais felizes?
MM: Vênus ou Afrodite é a deusa da beleza e do amor e no mapa astral o planeta representa tudo isso, mas principalmente o desejo. Vênus é erótica, é sedução, é o que nos atrai e como atraímos. É muito importante numa análise de relacionamento, mas não é o único astro que trata dos encontros. Tem também seu parceiro Marte, o impulso de conquista, e a Lua, emoção e envolvimento. Esta é mais significativa até quando se trata de um relacionamento sério, porque é quem cuida do nosso conforto emocional. Vênus pode ser só sexo.
BF: Conte algo interessante sobre a astrologia. Fique à vontade.
MM: Muita gente tem o desejo de estudar astrologia e eu mesma dou aulas para quem busca autoconhecimento e inspiração. Mas para se tornar profissional é preciso um sacrifício espiritual. Não é a gente que escolhe a astrologia, é ela quem escolhe a gente. E antes de você se tornar sábio, ela vai acabar com você. A verdade dói. Mas só a verdade liberta.
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