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Vestir consciente – Marvimm

O fazer manual, ambientalmente correto e socialmente justo norteia o chamado slow fashion, linha de trabalho da paraibana Francisca Vieira, CEO e designer da marca de roupas e acessórios sustentáveis Natural Cotton Color, a primeira marca nacional a expor na Maison D’Exceptions, em Paris. A empresa utiliza algodão colorido orgânico cultivado em sistema de agricultura familiar na Paraíba, com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Emprapa). A matéria-prima, que vai do bege ao marrom graças ao cruzamento do algodão selvagem com variações da mesma planta, já nasce colorida. “Isso gera economia de 87,5% de água no processo de acabamento da malha em comparação com os tecidos coloridos artificialmente”, explica Francisca, que insere nas coleções rendas, bordados, crochê, entre outras técnicas feitas à mão. O gesto beneficia cerca de 450 colaboradores (entre tecelagem, artesanato e confecção). É o que você acompanha na entrevista a seguir:

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O que diferencia o slow fashion da indústria tradicional?
As peças são atemporais, resistem ao tempo por serem clássicas ou de qualidade superior. Trata-se do resgate do velho hábito de comprar bons tecidos e pedir para a costureira do bairro confeccionar peças sob medida. 
Como surgiu a sua moda com pegada sustentável?
Há dez anos os produtos chineses invadiram o Brasil. E, como as grandes marcas nacionais dominavam o mercado, revolvi migrar da moda street wear tradicional para a vertente sustentável mirando a exportação (lá fora ainda há uma maior valorização do produto orgânico e do design associado ao artesanato). Isso foi em 2006. No ano seguinte já começava a participar de feiras internacionais. 
O que você sente ao entregar seu produto?
A sensação de dever cumprido com o ser humano, com o meio ambiente e com a vida. Faço moda com amor e dedicação a m de garantir a sustentabilidade de todo o processo. Os clientes vibram.
NATURAL COTTON COLOR
Preços: de R$ 130 a R$ 500