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Adeus, mão ressecada! Dermatologista dá dicas para que cabelo, unha e pele não sejam afetados pelo estresse

Saiba o que fazer para evitar o ressecamento das mãos e cutículas durante a quarentena

Como não deixar unhas, pele e cabelo serem afetados pelo estresse – Reprodução/ Pinterest

Medo, irritação, mau humor, preocupação, indignação ou nervos aflorados. Todos esses são sintomas do estresse, um quadro de saúde que vem se tornando cada vez mais comum.

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Atualmente, a pandemia do coronavírus tem sido o principal fator de preocupação da população, mas a correria que vivemos nos dias atuais, seja na vida profissional ou pessoal, pode ser a principal causa para esses sintomas.

De qualquer forma, independente do motivo, a verdade é uma só: o estresse pode trazer muitas consequências para a nossa saúde.

Pele, unhas e cabelos podem ser afetados diretamente por conta dele. Ou seja: os efeitos desse sintoma podem provocar diversos malefícios à sua aparência. Isso ocorre devido ao aumento dos níveis de hormônios como o cortisol e a adrenalina, quando o organismo acaba passando por mudanças que podem ser notadas tanto na saúde quanto na aparência.

Para entender melhor sobre tudo isso, a Bons Fluidos Digital conversou com a dermatologista Dra Natasha Crepaldi, de Cuiabá/MT. Confira o que a especialista nos contou!

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1) Como o estresse pode afetar a pele, a unha e o cabelo? 

A pele e o sistema nervoso têm a mesma origem embriológica e, por conta dessa origem comum, é bem frequente a manifestação conjunta nesses dois órgãos. O stress provoca a liberação de mediadores químicos, como a adrenalina, que nos faz reagir com mais eficiência em situações de perigo, isso é benéfico, mas tem desvantagens.

Algumas doenças crônicas como Psoríase, Vitiligo, Dermatite Atópica, Alergias, Dermatite de contato e Urticária crônica, entre outras podem piorar com stress intenso.

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Além disso, a elevação do hormônio cortisol, pode desencadear ou piorar um quadro de acne, dermatite seborreica, rosácea, oleosidade e cravos.

O herpes simples e o herpes zoster são doenças de pele que surgem frequentemente nesses períodos. 

Olheiras, rugas, perda de viço e envelhecimento precoce são outras consequências da liberação de radicais livres decorrentes dos momentos estressantes.

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E por fim, após alguns meses do pico de tensão, temos os quadros de queda de cabelo e unhas fracas, já que como os cabelos têm as células de maior reprodução do organismo, é uma das primeiras que o organismo poupa nessas situações de stress. O stress crônico também pode provocar uma aceleração na evolução dos cabelos brancos.

2) O que podemos fazer durante o isolamento para cuidar melhor das unhas, pele e cabelo?

Alguns cuidados caseiros são possíveis, principalmente no caso da pele, de continuar com os hábitos básicos de rotina como limpeza com sabonetes, loção tônica e filtro solar pelo menos.

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A rotina de alimentação, sono e exercícios também é muito importante, já que tem reflexo direto na saúde da pele, unhas e cabelos. 

Com relação às unhas, como provavelmente terá que ficar uns dias sem ir à manicure, uma boa medida para as cutículas não ficarem secas e incomodando, já que estamos lavando muito as mãos e passando álcool gel, é passar bepantol à noite ou óleo de côco nas unhas antes de dormir.

Uma vez por semana colocar um plástico filme em volta para maior penetração dos produtos na unha também é uma dica.

Além disso, aplicar um hidratante de mãos ou corpo nas mãos e cutículas sempre que lavar.

3) Por falar em cuidados: o uso excessivo de sabonete nesse período pode prejudicar nossa pele? Qual seria uma alternativa boa para não deixarmos tudo ressecado?

Para lavar, os sabonetes são menos agressivos que os detergentes e sabões, que têm a mesma eficácia.

Os que têm rótulos indicando ativos hidratantes como óleos, lanolina, glicerina, extrato de côco, silicones, dimeticone, ceramidas e lactatos, costumam ser menos agressivos.

A vantagem da versão sólida é que é mais econômica. Porém, na hora de devolvê-lo, deve-se tomar cuidado com a recontaminação. Ele não é indicado para locais públicos.

Já o líquido, é mais higiênico para ser compartilhado. A fluidez da fórmula promove a sensação de homogeneidade na aplicação, porém são um pouco mais caros que a versão barra.

Quanto à agressividade para a pele, os produtos líquidos e cremosos (o pH vai de 5,5 a 7) são menos agressivos. O sabão em barra, de forma geral, tem pH mais alcalino, de 8 a 9, portanto são mais agressivos. Apesar de parecer que o nome ácido remeta a agressividade, a alcalinidade é mais desfavorável à pele.

A dica é aplicar um hidratante de mãos ou corpo nas mãos e cutículas sempre que lavar, além de misturar com um óleo de amêndoas ou de côco à noite e aplicar para dormir.