Não esprema suas espinhas; veja o que dizem especialistas
Também conhecidas como acne, essas lesões surgem de um processo inflamatório causado pela obstrução das glândulas por oleosidade e células mortas da pele

Também conhecidas como acne, essas lesões surgem de um processo inflamatório causado pela obstrução das glândulas por oleosidade e células mortas da pele
Também conhecidas como acne, as espinhas, que surgem de um processo inflamatório causado pela obstrução das glândulas por oleosidade e pele morta, costumam incomodar. Por isso, muitas pessoas têm o hábito de correr para espremê-las ao primeiro sinal de que estão aparecendo. Especialistas, no entanto, apontam que a prática pode ser prejudicial à saúde.
Os profissionais alertam que pessoas não treinadas não devem apertar as lesões, especialmente em ambientes inadequados, como o banheiro de casa, academias ou vestiários. Isso porque, de acordo com eles, a ação pode agravar a inflamação e causar cicatrizes, abscessos ou manchas.
“Não devemos espremer a espinha em nenhuma situação. O trauma local, somado à transferência das bactérias presentes nas unhas, leva ao aumento da resposta inflamatória local. Isso aumenta o risco de infecções locais e cicatrizes profundas, que não somem espontaneamente. Algumas vezes, geram até traves fibróticas por baixo da pele, deixando o aspecto da ferida ainda mais visível e profundo”, explicou a dermatologista Marcelle Nogueira, ao ‘G1’.
Além disso, através da redes sociais, a professora de enfermagem da Universidade Autônoma de Madri, Esther Gómez, afirmou que há uma área específica do rosto em que os riscos são maiores. “Conhecido como triângulo de Filatov, é uma espécie de zona formada por um triângulo traçado a partir de três linhas entre os dois cantos dos lábios e o topo da ponte nasal”, disse. De acordo com a especialista, nesta região, também está a veia angular, que é responsável por transportar o sangue para coração e oxigená-lo nos pulmões.
“Ela não tem válvulas, o que dificulta a contenção de inflamações. Se apertarmos uma espinha ou colocarmos um piercing nessa área, podemos criar um risco desnecessário de que, embora improvável, seja possível espalhar uma contaminação superficial leve da pele para estruturas como as meninges ou o cérebro, causando meningite ou encefalite”, afirmou.
Desta forma, em vez de espremer, os profissionais indicam investir na limpeza apropriada da face, que deve ocorrer duas vezes ao dia. Ademais, eles sugerem utilizar produtos adequados para a pele oleosa e acneica, como géis secativos e hidratantes, além de protetor solar. Outra recomendação é manter uma alimentação saudável, evitando alimentos com alto índice glicêmico e excesso de derivados do leite.
“Hoje, temos muitos tratamentos que, associados à uma rotina de skincare eficiente, promovem excelentes resultados. Quanto mais cedo começar o cuidado orientado, menor será a chance de desenvolver manchas ou feridas”, o dermatologista Paulo Notaroberto, ao site ‘Dermotivin’.
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*Texto feito sob supervisão de Helena Gomes