Por que a Igreja não realiza missas na Sexta-Feira Santa?

Por marcar o dia da crucificação de Jesus Cristo, na data, os fiéis se dedicam ao silêncio, à reflexão e à gratidão ao sacrifício do filho de Deus

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Por marcar o dia da crucificação de Jesus Cristo, na Sexta-Feira Santa, os fiéis se dedicam ao silêncio, à reflexão e à gratidão – Pexels/Ilo Frey

Em 2025, a Semana Santa, importante comemoração do calendário litúrgico da Igreja Católica, ocorre entre 13 e 20 de abril. Nesse período, os católicos celebram a vida de Jesus Cristo por meio de cerimônias, procissões ou da Via Sacra. Na Sexta-Feira Santa, no entanto, não há missas. Entenda:

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Sexta-Feira Santa pede reflexão

No catolicismo, a data marca o dia da crucificação do filho de Deus e, por isso, segundo o Santuário Nacional de Aparecida, se reserva o momento para refletir e agradecer a Ele. “Recordamos a condenação, prisão, paixão e morte de Jesus na cruz. Na Sexta-Feira da Paixão, é o único dia em que a igreja não celebra missa, mas comemora-se, sobriamente, uma ação litúrgica fazendo memória da entrega dele por nós quando recebemos a comunhão nas espécies consagradas no dia anterior”, explica a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Adoração da Santa Cruz

Entretanto, no lugar da missa, é realizada a Adoração da Santa Cruz, uma cerimônia silenciosa em que os fiéis recebem a Eucaristia consagrada na quinta-feira. O evento, feito na Igrejaconta com a leitura do Evangelho, trechos de livros bíblicos que narram a vida de Jesus. “A Sexta-Feira Santa é um dia de contemplação, de penitência, de jejum e abstinência de carne. Dia em que realizamos a solene celebração da paixão. Assim, guardar um pouco mais de quietude, para meditação das Escrituras e para a oração, faz parte do jeito católico de vivermos esse dia”, afirmou o Arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, ao ‘Jornal Midiamax‘.

Além disso, de acordo com o Vaticano, é uma tradição da data beijar a cruz, pois “assim, entram ainda mais em contato com a dor de Cristo que é a dor de todos, porque Ele carregou os pecados de toda a humanidade para salvá-la”, diz. “Cada um de nós pode ficar diante da símbolo e dialogar com o Senhor Jesus sobre os próprios problemas, dramas, sofrimentos. Todas as questões sobre a vida se iluminam, a ponto de chegarmos a dizer: ‘o coração tem suas razões, que a razão não pode compreender’. O Jesus deve ser acompanhado com amor, até o fim, como ele o fez”, concluí.

*Texto feito sob supervisão de Helena Gomes