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Consumir mais doces no inverno pode causar danos no organismo

Published 28/06/2022
Consumir mais doces no inverno pode causar danos no organismo

Consumir mais doces no inverno pode causar danos no organismo - Foto de Leah Kelley no Pexels

Você sabia que há uma explicação científica de por que as pessoas tendem a comer alimentos mais doces e calóricos no inverno? “Qualquer diferença de temperatura, capaz de reduzir a temperatura corporal, será suficiente para que o sistema nervoso autônomo libere substâncias e estimule reações para que o organismo mantenha a temperatura equilibrada, ao redor de 36,5°C. Tendemos a sentir mais fome quando esfria, mas devemos ter atenção redobrada para não haver aumento no consumo de doces”, explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez.

Abaixo, especialistas destacam 7 danos, entre aqueles que são perceptíveis e os que são silenciosos, do consumo excessivo do açúcar:

Doenças metabólicas, renais e câncer: obesidade e diabetes são dois dos problemas metabólicos que surgem por consequência de alimentação rica em açúcar, principalmente de doces. O carboidrato em excesso também pode favorecer o surgimento de câncer.

Envelhecimento acelerado da pele e do cabelo: alimentação e pele formam uma relação muito interessante, uma vez que o padrão alimentar pode acelerar ou ajudar a tratar o processo de envelhecimento, segundo a Dra. Mônica Aribi, dermatologista.

“A ingestão de açúcar em excesso na dieta colabora para um processo de glicação, que é quando as fibras de colágeno e elastina endurecem por reagirem com esses açúcares. Com isso, a pele perde flexibilidade e sustentação. O açúcar também está ligado ao aparecimento de manchas”, explica.

Fadiga e exaustão: o excesso de açúcar na dieta faz as mitocôndrias, organelas centrais da célula responsáveis pela produção de energia, perderem eficiência e reduzindo a produção de energia, segundo a Dra. Marcella. “A hiperglicemia (elevado nível de glicose no sangue) afeta mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. Em nível celular, o estudo enfatizou que o açúcar em demasia na dieta afeta a integridade da mitocôndria, considerada o pulmão celular. Com isso, os eventos metabólicos iniciais como fadiga e cansaço podem ser indicativos do desenvolvimento do diabetes”, diz a médica nutróloga.

Problemas circulatórios: o açúcar em excesso pode ser amargo para o coração. Além de estar relacionado com a obesidade e com a diabetes mellitus, ele também é um grande vilão para o aumento de colesterol. O açúcar pode favorecer o aparecimento de problemas cardiovasculares, causando, por exemplo, o espessamento e o acúmulo de placas de gordura dentro da parede das artérias, com consequente obstrução desses vasos.

Prejudica a saúde oral: o açúcar é um dos grandes vilões da saúde oral. “Um dos principais problemas nesse sentido é a formação de cáries, que ocorre quando as bactérias da boca metabolizam o açúcar que consumimos […] Além disso, o açúcar também favorece o acúmulo de placa bacteriana que, quando não removida adequadamente, também pode ocasionar gengivite e mau hálito”, alerta o Dr. Hugo Lewgoy, cirurgião-dentista.

Problemas de fertilidade e da saúde gestacional: além de favorecer a obesidade, o que prejudica a qualidade e a quantidade dos espermas e o processo de ovulação, a ingestão de açúcar, por si só, já reduz as chances de um casal engravidar. O consumo excessivo de açúcar pode levar a um processo inflamatório com consequente risco de estresse oxidativo, o que pode lesar o DNA de células germinativas.

Logo, o segredo para não prejudicar a saúde é apostar na moderação, reduzindo o consumo de açúcar a, no máximo, uma colher de sopa do ingrediente por dia.

Como é muito difícil reduzir de tal forma a ingestão de açúcar, até porque a maioria dos alimentos contém alguma forma da substância em sua composição, a recomendação é adotar medidas que podem ser tomadas para reduzir os danos causados pelo açúcar. “Por exemplo, existem nutrientes como fibras, gorduras boas e proteínas que se forem ingeridos juntos com carboidratos refinados, doces e açúcares, reduzem a velocidade de digestão e absorção do açúcar no sangue, diminuindo o índice glicêmico e fazendo com que não os níveis de glicose e insulina circulantes não aumentem tão rápido”, afirma a Dra. Marcella.

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