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Contra a ansiedade e o estresse – parte 2

Iniciar o dia com uma pequena meditação e encerrá-lo com um balanço do que foi realizado são práticas que ajudam a encontrar a paz

Meditar contra a ansiedade – Shutterstock

“O mecanismo da meditação é oposto ao
do estresse. Enquanto ele desencadeia reações exacerbadas em série, como
aumento dos batimentos cardíacos e da tensão muscular, a meditação impede que
esse ciclo seja desencadeado ou reduz sua intensidade”, explica a bióloga
Elisa Harumi Kozasa, pesquisadora do departamento de psicobiologia da Unifesp
e do Instituto do Cérebro do Hospital Albert Einstein.

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Por isso, meditar reduz a ansiedade e
o estresse e melhora a qualidade de vida.

A conclusão é de um estudo realizado
por pesquisadores do departamento de psicobiologia da Unidade de Medicina
Comportamental da Universidade Federal de São Paulo. Sob orientação da Monja
Coen, da comunidade Zen do Brasil, os especialistas acompanharam durante três
meses 21 voluntários de 18 a 40 anos, que praticaram 15 minutos de meditação
zen-budista diariamente. Foram selecionadas para o estudo pessoas com
sintomas de ansiedade, como taquicardia, insônia, irritabilidade, dificuldade
para resolver problemas e insatisfação com a vida. Para a maioria desses
pacientes, a ansiedade era um traço de personalidade – reagiam assim diante
de qualquer adversidade e se sentiam pressionados e tensos o tempo todo.

“Ao fim da pesquisa, os voluntários
estavam menos ansiosos e lidando melhor com as situações de pressão. Houve
melhora também do relacionamento profissional, familiar e social. Eles se
sentiam mais tolerantes e com maior controle de suas reações”, revela a
psicóloga Elaine de Siqueira Sales, autora da pesquisa.

Do ponto de vista da satisfação
pessoal, os resultados também foram promissores. Os pacientes se disseram
mais seguros para tomar decisões, com melhor percepção de si mesmos e mais
realizados.

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Medite ao acordar

• Prepare-se para meditar: sente na
beirada da cama ou em uma cadeira, sem encostar no espaldar.

• Mantenha a coluna ereta para ampliar
o movimento do diafragma e facilitar a respiração.

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• Coloque a língua no céu da boca,
atrás dos dentes.

• Deixe os olhos semi-abertos.

• Esvazie os pulmões.

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• Sinta como o ar entra frio pelas
narinas e sai quente.

• Se ocorrerem pensamentos, apenas
observe. “É só um pensamento”, lembre-se e volte a se concentrar na respiração.

• Veja como está seu corpo, a parte que
toca a cama ou a cadeira, examine a coluna. Verifique se existem pontos de
tensão em pernas, pés, tronco, braços e cabeça.

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• No início, pratique apenas cinco ou dez minutos. Se desejar, aumente
gradativamente.

Antes de dormir

• Repita a meditação da manhã.

• Observe como está se sentindo depois
desse dia.

• Faça uma pequena retrospectiva: veja
o que aprendeu, o que poderia ter feito de outra maneira, se falou ou fez algo
que não deveria.

• Sinta cada parte do corpo relaxando,
observe a respiração se tornando lenta, profunda. Perceba como a musculatura e
o sistema nervoso se tranqüilizam.

• Coloque a mente em algo positivo, escolha uma leitura agradável ou
ouça música suave.