Durante a última semana, você deve ter acompanhado o caso da cachorrinha Pandora, que se perdeu durante uma conexão no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, ocasionando seu desaparecimento por 45 dias. Após o reencontro com seu dono, Reinaldo Branco Bezerra Junior e sua família solicitaram a indenização de R$ 320 mil da Gol, companhia aérea que transportava o animal durante o sumiço.
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Dono de Pandora pede indenização de R$ 320 mil a Gol por danos morais
O responsável pelo animal pede em ação na Justiça paulista que a companhia aérea arque com os custos gastos durante a estadia dos familiares por São Paulo, em busca da cadela, além de danos morais pelo estresse causado com os responsáveis pelo animal e com a própria Pandora.
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Victor Leonardo Marques, eletricista e funcionário do aeroporto que estava de plantão, foi o responsável por encontrar a cachorra desaparecida desde 15 de dezembro embaixo de uma ponte do Terminal em 30 de janeiro. Apesar da felicidade de reencontrar Pandora, o animal precisou urgentemente de auxílio veterinário por desnutrição. Internada em São Bernardo do Campo, ABC Paulista, a cadela segue sobre supervisão médica em São Paulo. Não há previsão de alta.
Negligência
O caso ganhou verdadeira repercussão quando o programa Fantástico, exibido pela TV Globo, noticiou o caso em 10 de janeiro. Para o jornal, a delegada Regina Campanelli, que apurava o caso, disse: “Ficou claro que houve uma negligência da companhia em adotar os cuidados necessários no manuseio daquela caixa. Inclusive quando ela escapou, de algum funcionário ter a capacidade de encontrar a Pandora e trazer ela novamente para o interior do aeroporto”.
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A Gol, por sua vez, alegou ter gasto mais de R$ 25 mil na contratação de suas empresas específicas para auxiliar na busca pela Pandora.
“[A Gol] alega ter contratado duas empresas para auxiliar na busca e que, ainda que exista monitoramento, a cadelinha fugiu. Sustenta que já arcou com mais de R$ 25.000 na busca, portanto, não mediu esforços e que, após tantos dias, as chances de localização são menores.”, escreveu a juíza da 5ª Vara Cível de São Paulo.
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“Apesar dos métodos empregados, as chuvas constantes na região diminuíram a possibilidade de os cães localizarem a cadelinha, portanto, do ponto de vista técnico, mostrava-se desnecessário que os autores permanecessem em São Paulo tentando localizar, eles próprios, o animal desaparecido”, finalizou a juíza.