Finalista do Miss Inglaterra é a primeira da história a concorrer sem maquiagem

Melisa Raouf, de 20 anos, é uma estudante universitária de ciência política do sul de Londres. A jovem está fazendo história: é a primeira finalista do Miss Inglaterra a competir sem nenhum tipo de maquiagem. A final do concurso será realizada em outubro. Para ela, a atitude á para inspirar outras meninas a se amarem do jeito que são. Fazer isso em um concurso tão famoso é uma forma de dar voz à causa.

Finalista do Miss Inglaterra decide competir sem maquiagem

“Se alguém está feliz em sua própria pele, não devemos ser obrigados a cobrir nosso rosto com maquiagem. Nossas falhas nos tornam quem somos e é isso que torna cada indivíduo único. Nunca senti que cumpri os padrões de beleza. Recentemente aceitei que sou bonita na minha própria pele e por isso decidi competir sem maquiagem”, disse a jovem, em entrevista ao jornal britânico Independent.

Ela explicou que começou a usar maquiagem quando ainda era muito nova, mas, durante a competição, decidiu parar para se sentir melhor consigo mesmo. Segundo Melisa, ela nunca sentia que atingia os padrões de beleza e, assim, sem nenhuma maquiagem, ela se sente bem e bonita com a sua própria pele.

Desde 2019 a equipe da Miss Inglaterra começou a pedir, para as concorrentes, fotos sem edição e sem maquiagem. Em entrevista à CNN, Angie Beasley, diretora do concurso, disse: “Apresentamos a rodada Bare Face Top Model em 2019, pois a maioria dos concorrentes estava enviando imagens altamente editadas usando muita maquiagem e queríamos ver a pessoa real por trás da maquiagem”.

Em seu perfil oficial do Instagram, a finalista explicou que pretende continuar com a ideia de ficar sem maquiagem para incentivar outras mulheres.

“Quero ajudar a capacitar mulheres de todas as idades a se sentirem confiantes em sua própria pele, sem sentir que precisam se esconder usando maquiagem para se conformar às pressões da sociedade. Embora eu ainda acredite que não há problema em usar maquiagem, não devemos deixar que a maquiagem defina nossa aparência. Usar maquiagem não deve ser a opção padrão, mas uma escolha e as mulheres devem poder abraçar suas diferenças”, finalizou.