Hiperidrose: como tratar o suor excessivo sem cirurgia?
Dermatologista aponta que algumas pessoas podem sofrer de transpiração excessiva. Para estes caso, o médico indica saídas menos invasivas que a cirurgia
Dermatologista aponta que algumas pessoas podem sofrer de transpiração excessiva. Para estes caso, o médico indica saídas menos invasivas que a cirurgia
A doença conhecida como hiperidrose se caracteriza pela produção de suor excessiva e que aparece em quantidade superior à fisiológica. Tal condição pode acontecer em decorrência da hiperatividade das glândulas sudoríparas e não tem dado trégua para quem está sofrendo com os dias mais quentes.
O médico Dr. Felipe Gasparini, dermatologista na Clínica Adriana Vilarinho e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), explica que a pessoa que sofre de hiperidrose pode chegar a produzir até cinco vezes mais suor do que é normalmente necessário.
“Algumas pessoas podem sofrer de transpiração excessiva em decorrência de alguma enfermidade ou medicamento – essa é chamada de hiperidrose secundária ou em situações especificas de medo, nervoso ou de estresse aumentado”, explica.
Para o dermatologista, seja como for, qualquer uma das situações é bastante incômoda e os impactos vão além da saúde física, podendo afetar o lado emocional, a vida social e até profissional. Mas, tem solução, e o melhor: há várias opções disponíveis que não necessitam de cirurgia, já que o procedimento cirúrgico pode ter efeito rebote, como, por exemplo, desencadear sudorese compensatória.
“O excesso de suor pode ser compensado em outra região corporal e assim, ao mesmo tempo em que soluciona uma região do corpo, pode acabar afetando outra, mas há como resolver”, afirma.
Respaldados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), há tratamentos bem indicados para hiperidrose que são mais simples para tratar e solucionar o problema, que podem variar entre algumas opções.
“Uma delas são os tratamentos tópicos, que são as pomadas à base de metenamina (uma associação dos antissépticos antibacterianos) e anti transpirantes com até 20% de cloridrato de alumínio ou medicamentos. No caso deste suor excessivo ser concentrado na região dos pés e das mãos, ainda é possível realizar aplicações de correntes elétricas nessas regiões por meio de eletrodos”, explica o médico.
Dr. Felipe ainda fala que também em casos de hiperidrose nas palmas das mãos ou dos pés, suor excessivo no couro cabeludo ou nas axilas, a aplicação de toxina botulínica é uma grande solução, já que a toxina inibe a liberação dos neurotransmissores impedindo a comunicação entre o cérebro e as glândulas sudoríparas, que deixam de receber a ordem para produção de suor e assim, reduzem a transpiração.
O médico ainda reitera que o tratamento para o suor excessivo é definido apenas pelo médico dermatologista não só por meio de uma avaliação criteriosa das condições clínicas e do histórico do paciente, mas também da causa da hiperidrose.
Sobre Dr. Felipe Gasparini: Dermatologista na clínica Adriana Vilarinho – Unidade Vila Olímpia, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). CRM 199.116 / RQE 112.653. Instagram @felipegasparini.dermato