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Insolação: como se prevenir da reação aguda pós-sol?

Além de estar ligada ao envelhecimento e câncer de pele, a exposição solar sem fotoproteção quando é feita de maneira aguda pode causar uma reação sistêmica às queimaduras

Insolação: como se prevenir da reação aguda pós-sol? – Foto de Sebastian Voortman no Pexels

Você toma os devidos cuidados para evitar a insolação? A exposição solar crônica pode favorecer o aparecimento de manchas e envelhecimento precoce e até câncer de pele, mas, quando ela é feita de maneira exacerbada e aguda durante um curto período de tempo, acaba provocando queimaduras: a insolação.

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“Os principais sintomas da insolação são: temperatura corporal excessivamente elevada, pele vermelha, taquicardia, cefaleia, dispneia (falta de ar), vertigem, náuseas, vômito, desidratação, confusão mental, desmaios e até perda de consciência”, afirma o dermatologista Dr. Daniel Cassiano.  “Essa é uma reação a uma queimadura grave que afeta todo o corpo e os sintomas podem durar de algumas horas, em casos mais leves, a dias, em casos mais graves”, explica.

Insolação: como se prevenir da reação aguda pós-sol?

Segundo o médico, a radiação solar lesiona e inflama o tecido cutâneo, deixando a pele avermelhada e sensível, além de poder provocar bolhas. A descamação da pele acontece, geralmente, 4 a 7 dias após a exposição solar. “Quando sua pele queima, ela fica inflamada e isso causa a vermelhidão e a hipersensibilidade. Mas, dependendo da exposição do corpo aos raios ultravioleta e a susceptibilidade da pele, as queimaduras podem causar também uma inflamação sistêmica em todo o corpo, com erupções e bolhas, além dos outros sintomas”, afirma.

A insolação pode afetar pessoas que passam longos períodos em exposição solar sem fotoproteção adequada. Ela é mais comum na praia, porque, além do sol forte, a areia e a água também refletem o UVA e o UVB. 

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Como tratar a insolação?

Dependendo da gravidade, a sensação de ardência melhora muito com uso de compressas geladas e analgésicos comuns. “A hidratação também ajuda na recuperação da pele. Em casos mais graves de queimadura é necessário o uso de corticoides prescritos pelo dermatologista”, explica o Dr. Daniel. Com relação aos hidratantes, é necessário apostar em substâncias calmantes. Em casos de infecção, são necessários acompanhamento médico e antibiótico.

A prevenção é essencial!

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Não existe outro meio de evitar o problema senão usando o protetor solar. “Uma das estratégias recomendadas é o uso da regra da colher de chá, na qual consideramos a aplicação de uma colher de chá para o rosto e uma em cada um dos membros superiores e duas colheres de chá para tronco/dorso e para cada um dos membros inferiores”, diz o médico.

Recomenda-se que aplicação do filtro seja feita 15 minutos antes da exposição solar. “Outro aspecto importante na aplicação do fotoprotetor é a uniformidade de sua aplicação, evitando- se que algumas áreas sejam esquecidas ou que haja aplicação insuficiente pela falta de atenção.”

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 A SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) recomenda, de maneira geral, a reaplicação dos fotoprotetores a cada duas horas ou após longos períodos de imersão.

Por fim, o Dr. Daniel orienta que, para quem sofreu com insolação ou queimaduras, a nova exposição solar só deve ser feita com filtro e após 30 dias, já que nesse tempo houve troca completa da epiderme (última camada da pele).


Sobre o Dr. Daniel Cassiano:

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Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Cofundador da clínica GRU Saúde, o Dr. Daniel Cassiano é formado pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Doutorando em medicina translacional também pela UNIFESP. Professor de Dermatologia do curso de medicina da Universidade São Camilo, o Dr. Daniel possui amplo conhecimento científico, atuando nas áreas de dermatologia clínica, cirúrgica e cosmiátrica.