Pesquisadores brasileiros acham substância que pode frear agravamento do Parkinson
Viva a ciência! Cientistas da USP analisam a substância que pode diminuir a morte de células cerebrais

Viva a ciência! Cientistas da USP analisam a substância que pode diminuir a morte de células cerebrais
Uma pesquisa feita por cientistas da USP (Universidade de São Paulo) e publicada na revista científica Molecular Neurobiology descobriu uma substância capaz de evitar a evolução da doença de Parkinson.
No estudo feito em camundongos, os pesquisadores usaram a substância sintética chamada AG-490, à base da molécula tirfostina. Ela conseguiu diminuir cerca de 60% da morte de células cerebrais. Segundo os autores, esse resultado ocorreu porque essa substância conseguiu inibir o TRPM2, um dos canais de entrada de cálcio nas células do cérebro.
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O Parkinson é uma condição neurológica que afeta os movimentos do paciente, causando tremores, lentidão dos movimentos, desequilíbrio e alterações na fala/escrita. A doença ocorre devido à morte das células, por isso o resultado dessa pesquisa se mostra importante e dá esperança aos médicos.
Em um comunicado à imprensa, o professor e coordenador do experimento, Luiz Roberto Britto, explicou como o estudo foi feito. Segundo o pesquisador, a substância foi capaz de interferir em uma das 4 vertentes que o Parkinson atua no cérebro. Quando o canal de entrada do cálcio é bloqueado, a degeneração de neurônios diminui.
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“Os camundongos que não receberam a substância apresentaram um resultado 70% pior nos testes comportamentais. Em todas as células do organismo, quando esses canais estão muito ativos, a tendência é que ocorra uma sobrecarga de cálcio. Isso ativa uma série de enzimas que degradam as estruturas das células, levando à sua morte”, explicou.