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Rei Charles é diagnosticado com câncer: com o aumento do número de casos, como se prevenir?

Câncer de Rei Charles foi descoberto durante internação para tratar um crescimento benigno na próstata. Oncologista fala sobre prevenção da doença

Rei Charles é diagnosticado com câncer: com o aumento do número de casos, como se prevenir?
Rei Charles é diagnosticado com câncer: com o aumento do número de casos, como se prevenir? – Foto: Steve Parsons – WPA Pool/Getty Images

A Família Real comunicou que o Rei Charles III, de 75 anos, foi diagnosticado com câncer. Recentemente, o monarca foi internado para tratar um crescimento benigno da próstata e, durante passagem pelo hospital, foi descoberto um tumor maligno em seu corpo, como evidenciou o Palácio de Buckingham. Não foram divulgadas informações sobre o tipo de câncer e o estágio da doença.

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O anúncio acima evidencia os dados captados pela Organização Mundial da Saúde (OMS): em seu mais recente relatório, cerca de 20 milhões de pessoas foram diagnosticadas com câncer em 2022. A expectativa é de que esse número ultrapasse a casa dos 35 milhões novos casos em 2050.

Aumento dos diagnósticos de câncer: tem prevenção?

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a cada ano, são diagnosticados mais de 700 mil casos. Esse número, no entanto, poderia ser reduzido até pela metade com a adoção de um estilo de vida mais saudável e a realização de exames de rastreamento e de rotina – muitos deles capazes de detectar condições pré-cancerígenas.

De acordo com Dra. Lucíola Pontes, oncologista e líder médica do Centro de Cuidado em Oncologia e Hematologia do Hcor, um estilo de vida saudável melhora todas as áreas do corpo e atrasa o desenvolvimento de várias doenças. “Comer alimentos balanceados, não exagerar no consumo de álcool, fazer exercícios físicos e não fumar são apenas alguns pontos que podem ajudar a retardar o aparecimento de cânceres no geral e de doenças vasculares”, explica.

Outra maneira de cuidar da saúde é realizando exames preventivos e de rotina, importantes em duas frentes na luta contra a doença – alguns com a capacidade de rastrear condições pré-cancerígenas e outros fundamentais para a detecção precoce da condição, possibilitando terapias mais simples e efetivas, com aumento significativo das chances de cura.

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“É fundamental que o indivíduo busque orientação médica para avaliar a necessidade de check-ups anuais de rastreamento, geralmente a partir dos 40 anos. Para indivíduos com casos de câncer na família, é recomendado iniciar antes. O diagnóstico precoce é imprescindível e ajuda muito nas chances de cura”, afirma Dra. Lucíola.

“Ouça” seu corpo

A oncologista também reforça a necessidade de ouvir os sinais que o corpo dá. “Às vezes, é uma dor que não passa, uma mancha que não desaparece, então, é muito importante averiguar o mais rápido possível para descartar a hipótese de câncer. Os jovens também precisam se cuidar e tomar mais cuidado com o estilo de vida que adotam, pois a incidência nesse grupo vem crescendo consideravelmente”, alerta a profissional.

Ainda que a medicina esteja avançando regularmente e estejam sendo criados centros de cuidado específicos para cada tipo de câncer, muitas pessoas ainda vêm a óbito por descobrirem a doença em estágios avançados.

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Para ampliar o acesso da população a programas de prevenção, foi recentemente aprovado um Projeto de Lei (Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer) que visa diminuir a incidência, contribuir para a melhoria da qualidade de vida do paciente, reduzir a mortalidade e assegurar acesso ao cuidado integral. “Por isso, é muito importante controlar os fatores de risco e manter a saúde em dia. Somente com a prevenção será possível ver o número de casos cair”, finaliza.