Rinite, sinusite e rinossinusite: entenda sobre as doenças comuns nos meses frios e a relação delas com a COVID-19
Famosas por causarem mal-estar, as doenças costumam se manifestas nas estações mais frias do ano
Famosas por causarem mal-estar, as doenças costumam se manifestas nas estações mais frias do ano
Com o tempo seco, as temperaturas mais baixas e a maior concentração de poluentes, algumas alergias são desencadeadas mais facilmente no outono e no inverno.
De acordo com dados de 2019 da Organização Mundial da Alergia, cerca de 30% a 40% da população mundial sofre com os sintomas de apenas uma das “ites” mais conhecidas, a rinite alérgica, e outra grande parte da população é acometida também pela sinusite e a rinossinusite.
O QUE É A RINITE
A rinite é um tipo de inflamação e/ou hipereação da mucosa de revestimento nasal, que pode se manifestar de forma alérgica ou até mesmo de forma infecciosa no paciente. O problema é caracterizado por obstrução nasal, rinorreia (presença de secreção e corrimento nasal), espirros, prurido nasal e hiposmia (diminuição do olfato).
“Em casos alérgicos, recomenda-se deixar os cômodos da casa e a roupa de cama bem limpos para evitar acúmulo de poeira, e deixar entrar sol o máximo possível nos cômodos da casa. Já para as rinites infecciosas, causadas por vírus e, menos frequentemente, por bactérias, é importante lavar bem as mãos, principalmente quando estiver em lugares muito fechados e cheios de pessoas. O uso do álcool em gel também pode ajudar”, explica a Dra. Cristiane Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.
O QUE É A SINUSITE
Outra “ite” bastante comum nessa época do ano é a sinusite, que pode ser tanto aguda, como crônica.
Para definir qual o tipo da enfermidade, é preciso passar por um período de avaliação que dura 12 semanas. Esse tempo é o necessário para saber a gravidade da situação. Se a cura não for constatada neste período, poderá ser constatada que se trata sa sinusite crônica.
“Além disso, existe um subtipo da doença chamado de Polipose Nasossinusal, onde a mucosa nasal e dos seios da face têm predisposição para formar pólipos, que obstruem os orifícios e favorecem o acúmulo de secreções e infecções bacterianas”, destaca a médica.
O QUE É A RINOSSINUSITE
E, por fim, há a rinossinusite, que é todo o processo inflamatório da mucosa da cavidade nasal e dos seios paranasais.
Esse tipo de quadro representa uma reação a algum tipo de agente físico, químico ou biológico, além de ser possivelmente causado também por mecanismos alérgicos. O termo serve para diferenciar uma rinite normal e outra que acaba se estendendo pelos seios da face, característica principal da rinossinusite.
“Mesmo que as doenças apresentem algumas características bastante semelhantes, os detalhes de cada uma delas são distintos e podem ocasionar diferentes manifestações, indo de dores no rosto até muita tosse e obstrução nasal”, completa a especialista.
TIVE OS SINTOMAS: QUAL PROFISSIONAL DEVO PROCURAR?
Caso a pessoa perceba alguns dos sintomas citados, o primeiro passo é procurar um especialista otorrinolaringologista, alergista ou imunologista.
E vale ressaltar que alguns hábitos simples podem ser adotados na rotina de pacientes das “ites”, para que tenham uma qualidade de vida melhor. São eles: sempre manter a higiene das mãos e evitar o contato delas com os olhos, nariz e boca.
Outros bons aliados são o soro fisiológico nasal para limpar diariamente o nariz e beber muita água, favorecendo ainda mais o combate desses problemas.
Evitar lugares fechados ou com muitas pessoas pode ser importante também.
ALERGIAS X CORONAVÍRUS
Algumas das “ites”, como a rinite e sinusite, possuem sintomas muito parecidos e, por conta disso, é importante que sejam analisados por um especialista o mais rápido possível, para obter tratamento adequado, especialmente se apresentar febre alta e falta ou ausência de olfato.
Como a COVID-19 também é uma doença respiratória, procurar um médico é imprescindível para um diagnóstico preciso, caso a pessoa sinta qualquer dificuldade para respirar.
Para finalizar, a médica falou que os portadores de rinite não estão dentro do grupo de risco frente ao novo Coronavírus, “entretanto, o risco aumenta se o problema não estiver controlado”.