A terapeuta Adriana Mantana faça sobre a experiência de alguém que tem a criança interior ferida, geralmente devido aos pais, nos relacionamentos
Mauro era um cara fechado em seu mundo. Estudioso, disciplinado e focado. Alice tinha dois filhos e era arrimo de família. Eles se conheceram através de um site de relacionamento. Foi amor à primeira vista.
Dois anos depois, Mauro decidiu romper a relação com Alice. Ela ficou muito mal, pois tinha ele como namorado e melhor amigo. Ficou uma semana de cama. Mal sabia ela que aquele seria o primeiro passo de uma grande transformação em sua vida.
O relacionamento afetivo pode mudar completamente a vida de uma pessoa, para o bem ou para o mal. Para Alice, sua dor representou um bem, pois para sair do fundo do poço, começou uma jornada de cursos e terapias. Acabou descobrindo seu propósito de vida e mudou completamente sua carreira.
Muitas pessoas sofrem muito após o rompimento de uma relação, pois a criança interior ferida que existe dentro delas se apega demais ao outro.
A primeira coisa a ser feita é olhar para a relação com os pais. Geralmente, quando uma pessoa está fora de ordem, ela está querendo ser “maior” que os pais. Ela fica muito fragilizada em sua área afetiva. Pois se ela não for pequena, onde pode e deve ser, que é perante os seus pais, ela será pequena no relacionamento de casal.
Então ela precisa identificar e ser muito honesta com o que sente em relação ao seu sistema familiar. Resolver suas questões com seu pai e com a sua mãe para ser livre para amar genuinamente.
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O que mais vejo em meus atendimentos são pessoas repetindo o padrão afetivo dos pais. Por que isto acontece? Acontece por que a pessoa tem uma lealdade sistêmica aos pais. Mesmo que não queira repetir o padrão, se ela criticar, julgar ou condenar o relacionamento deles, ela repetirá.
Para sair de processos dolorosos, ela precisa sair do julgamento e crítica em relação a eles. Isto pode ser feito através da terapia, cursos, leitura de livros e exercícios terapêuticos. Fazer uma constelação familiar por si só não resolverá completamente a questão. A constelação familiar mostra o que está fora de ordem, mas cabe a pessoa procurar ajuda para entrar na postura correta.
Grande abraço,
Adriana Mantana.
