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Medicina Ortomolecular: medicina integrativa que busca equilíbrio entre corpo, mente e espírito

Jamar Tejada conta como a medicina ortomolecular atua na saúde do corpo e acaba promovendo o antienvelhecimento, emagrecimento e muito mais!

Pode-se dizer que a Medicina Ortomolecular atua com foco no antienvelhecimento, já que o processo oxidativo é o motor de impulso desse processo – FREEPIK/ wirestock

Muitos falam sobre medicina ortomolecular, mas não têm a mínima ideia do que se trata. Alguns associam a uma prática de medicina mais moderna, a medicina praticada pelos astronautas da NASA, mas não é um ramo da medicina que deveria ser colocado em prática por todos. Aliás ela é parte da fundamentação da medicina integrativa que aborda de forma integral e completa o processo de cura do indivíduo, envolvendo mente, corpo e espírito. Costumo dizer que mais que um ramo da medicina, a medicina ortomolecular deveria ser um estilo de vida! 

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O termo “ortomolecular” deriva do inglês “orthomolecular” e foi criado por Linus Pauling, vencedor do prêmio Nobel em 1968. A partir da combinação da palavra grega “ortho” (correto) com a palavra em inglês “molecule” (molécula), ortomolecular significa, literalmente: molécula correta. A prática dessa medicina consiste na suplementação em quantidades adequadas de compostos específicos, que tem por objetivo restaurar o ambiente fisiológico e saudável do organismo, corrigindo desequilíbrios moleculares existentes, buscando manter a saúde e o bem-estar do organismo como um todo, prevenindo a manifestação de doenças e de outras condições clínicas.

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Mas como manter essa abordagem de equilíbrio? 

Primeiramente: reeducando a alimentação, evitando alimentos industrializados e dando preferência para o consumo de alimentos naturais que contribuam para a promoção da saúde do organismo – prática que tento manter constante em minha vida. É aquele velho ditado: ‘Descascar mais, desembrulhar menos’.

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A segunda envolve a prescrição de suplementos em doses adequadas de substâncias consideradas naturais ao organismo humano, ou seja, substâncias que estão presentes fisiologicamente no nosso corpo, como vitaminas, aminoácidos e sais minerais. 

Tanto a reeducação alimentar quanto a suplementação nutricional são realizadas de forma personalizada, avaliando as necessidades individuais de cada paciente por meio da avaliação de aspectos clínicos e de parâmetros bioquímicos do indivíduo. O tratamento ortomolecular consiste na ingestão de substâncias essenciais que favorecem a recuperação natural do organismo, reduzindo processos associados ao desenvolvimento de doenças como, principalmente, o estresse oxidativo. Pode-se dizer que a Medicina Ortomolecular atua com foco no antienvelhecimento, já que o processo oxidativo é o motor de impulso desse processo.

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Medicina Ortomolecular: como funciona? 

A medicina ortomolecular funciona por eliminar o excesso de radicais livres que circulam e acumulam no nosso corpo. Os radicais livres são moléculas muito reativas que conseguem afetar as células saudáveis e que, embora sejam um resultado normal do funcionamento corporal, geralmente precisam ser mantidos em baixas quantidades para não causar danos à saúde. 

Quando a quantidade desses radicais é muito elevada, especialmente devido a hábitos de vida pouco saudáveis, como o uso de cigarro, consumo de bebidas alcoólicas, uso excessivo de medicamentos ou até exposição solar prolongada, podem acontecer danos nas células saudáveis, provocando um processo de inflamação constante que favorece o surgimento de doenças. 

As espécies reativas de oxigênio (ROS) e outros radicais livres são produzidos constantemente no nosso organismo, desde que nascemos, ao respirarmos, visto que diversos processos essenciais para a nossa sobrevivência resultam na geração destes componentes, tais como a respiração celular e o metabolismo mitocondrial, que dá energia ao nosso corpo.  

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As principais formas de espécies reativas incluem o ânion superóxido, o peróxido de hidrogênio, o radical hidroxila, o óxido nítrico (NO) e o peroxinitrito. O acúmulo desses radicais pode provocar danos irreversíveis ao organismo, visto que favorece o aumento da peroxidação lipídica e da inflamação, além da oxidação do DNA, traduzindo literalmente é como se nosso corpo enferrujasse, efeito que pode trazer alterações da expressão de genes e proteínas importantes, bem como em mutações genéticas relacionadas à formação de cânceres.

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O acúmulo de ROS e de outros radicais livres resulta da instalação do estresse oxidativo – processo em que ocorre o desequilíbrio entre a produção de espécies reativas e sua remoção (ou neutralização) através de sistemas antioxidantes, ou seja há tanto excesso de radicais livres que nosso organismo entra em estresse, tendo com resposta principal aceleração do envelhecimento, sem falar no desenvolvimento e progressão de inúmeros problemas como doenças neurodegenerativas (como demência e doença de Alzheimer) e o câncer

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E quais são os nutrientes que a medicina ortomolecular utiliza? 

A medicina ortomolecular utiliza diversos suplementos com atividade antioxidante. É uma abordagem para combater o estresse oxidativo e prevenir o desenvolvimento de doenças através da melhora das defesas antioxidantes naturais do organismo, contribuindo para nossa qualidade de vida.  

Dentre os diferentes nutrientes utilizados a vitamina C, a vitamina E, as vitaminas do complexo B, o betacaroteno (ou pró vitamina A), a quercetina e a coenzima Q10 são as principais estrelas! Além de auxiliar na prevenção de doenças associadas ao envelhecimento do organismo atua no tratamento adjuvante de condições agudas e crônicas como, por exemplo, obesidade e doenças cardiovasculares, infecções virais, distúrbios psiquiátricos (esquizofrenia, depressão, bipolaridade, entre outros) e diferentes tipos de câncer.  

Por que ajuda a emagrecer? 

A inflamação crônica, causada pela presença excessiva de radicais livres, pode prejudicar a perda de peso, pois as células ficam inchadas e não conseguem funcionar normalmente, favorecendo o acúmulo de líquidos por todo o corpo, lembrando que a obesidade é uma doença inflamatória.

Uma dieta ortomolecular antioxidante geralmente inclui o uso preferencial de legumes, verduras e frutas, que possuem menos calorias e muitas fibras que além de contribuírem para o emagrecimento atuam positivamente na luta contra o excesso de radicais livres. Este tipo de dieta pode ser, muitas vezes, associado à alimentação mediterrânea, já que segue os mesmos princípios para manutenção da saúde e emagrecimento. 

É um ramo da medicina regulamentada?  

A prática ortomolecular é regulamentada através da resolução 2.004/12 pelo Conselho Federal de Medicina que define os tipos de tratamento permitidos, bem como os procedimentos envolvendo a reposição medicamentosa das deficiências de nutrientes, a remoção de minerais (quando em excesso), agrotóxicos e pesticidas e os princípios que orientam a remoção dos mesmos. Ainda, a resolução veda a prática de métodos destituídos de comprovação científica e a suplementação de megadoses de vitaminas, proteínas, sais minerais e lipídeos.  

De real valor foi o artigo 6º da Resolução 1938/2010: 

Os tratamentos propostos pela prática ortomolecular incluem: 

I. Correção nutricional e de hábitos de vida; 

II. Reposição medicamentosa das deficiências de nutrientes; 

III. Remoção de minerais, quando em excesso (ex.: ferro, cobre), ou de minerais tóxicos (ex.: chumbo, mercúrio, alumínio), agrotóxicos, pesticidas ou aditivos alimentares. 

Neste artigo, o Conselho Federal de Medicina se colocou à frente de muitos países afirmando que os médicos do Brasil devem se preocupar com a contaminação ambiental devendo livrar os pacientes não somente dos metais tóxicos, fato sobejamente conhecido, mas também dos agrotóxicos, dos pesticidas e dos aditivos alimentares. 

Desta forma o CFM cumpriu seu dever de zelar pela saúde da população alertando os médicos para os perigos dos disruptores ambientais incluindo os aditivos alimentares como produtores de doenças, muitos deles ainda em uso pela indústria alimentícia. Concluindo a Estratégia Biomolecular/Ortomolecular está regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina.


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– O Link abaixo disponibiliza a o texto da “Resolução 1.938” na íntegra e está disponível no site do “Conselho Federal de Medicina”. 

http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2010/1938_2010.htm