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Autocompaixão: trate-se da forma que você age com as pessoas que ama!

Atrelado ao Mindfulness, a autocompaixão diminui o estresse, evita que a vergonha tome conta das situações e mais! Veja ainda como treinar a autocompaixão

Autocompaixão: trate-se da forma que você age com as pessoas que ama! – Foto de Hassan OUAJBIR no Pexels

Você cuida mais dos outros do que de si mesmo? Trata os outros com amorosidade e paciência, mas quando é com você mesma, é só no “chicotinho” e na hostilidade? Como você se trata no dia a dia? Essas são algumas reflexões importantes. Muitas vezes estamos em um relacionamento tóxico com nós mesmas. Muitas vezes somos nossa pior inimiga.

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Existe aquela regrinha que diz “faça com os outros aquilo que gostaria que fizessem com você”, mas você não vai querer fazer para os outros aquilo que faz para si mesmo.

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Vamos imaginar o seguinte: sua amiga te liga super chateada com uma questão de trabalho ou relacionamento. Ela está chorando, devastada. E aí você suspira, revira os olhos e fala: “Bom, deve ser culpa sua, né? Você não faz nada direito, não é boa o suficiente para ele. Acho que você não merecia mesmo. Além disso, você ta meio acima do peso, né? Tá chata, tá baixo astral… ninguém aguenta mesmo.”

Só de pensar em falar assim com alguém que gosta (ou até com um desconhecido), já ficamos tensos! Mas com a gente é diferente, né? Olha que horror.

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Autocompaixão: trate-se da forma que você age com as pessoas que ama!

Autocompaixão é sobre se tratar da forma que você trata as pessoas que ama, que são importantes para você. É sobre se cuidar e também sobre se deixar em paz um pouquinho.

Ainda mais mulheres. Queremos ser heroínas multitarefas (muitas mulheres falam isso com orgulho, mas é apenas muito desgastante) e isso só acaba com a nossa energia e saúde mental. Nos cobramos em excesso, buscamos uma perfeição que não existe, não nos damos uma trégua.

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Na lista de prioridades do dia, geralmente ficamos por último. Mas lembre-se da máscara de oxigênio do avião. Quando ela cai, tem que colocar em quem primeiro? Sim, em VOCÊ mesma. Depois ajudar os outros. E não o contrário! Na vida, fazemos errado. Cuidamos de tudo primeiro e ficamos por último. Se você não colocar a máscara de oxigênio em você, não dará conta de ajudar os outros, não dará conta de todos os afazeres e responsabilidades. Uma hora você vai pifar.

A autocompaixão é algo muito lindo que vem com a nossa prática diária de Mindfulness. Você entende que se cuidar não é perda de tempo, não sente culpa por isso, aprende a se tratar melhor, com mais amor e carinho, e a se valorizar mais. A se dar parabéns, porque você está dando conta, sim. De repente, não conforme as suas expectativas, mas tudo bem. Expectativas são expectativas, deixe-as de lado. Só nos fazem sofrer. Você deu o seu melhor no momento com o que foi possível. Em vez de se criticar dizendo que deveria ter feito mais, de uma batidinha no seu ombro e se parabenize.

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Não cobre tanto do seu corpo, ele também está dando o seu melhor. Essa máquina incrível, perfeitamente imperfeita, que faz tanto por você todos os dias. Em vez de só criticar seu corpo, agradeça por tudo que ele te permite fazer, pela sua saúde, por estar aqui viva nesse momento.

A autocompaixão possui 3 elementos:

Autobondade: Quando você erra, você se acolhe ou só se recrimina? A autobondade combate essa nossa tendência. Você pode se apoiar e se encorajar mais.

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Humanidade compartilhada: Reconhecer que todos os seres humanos falham, somos todos perfeitamente imperfeitos, todos nós passamos por momentos desafiadores e por sofrimento. Essa interconectividade nos aproxima e entendemos que não estamos sozinhos nessa.

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Mindfulness: Significa estar consciente das suas experiências de maneira equilibrada e clara. E importante estarmos conscientes de como estamos nos sentindo e do nosso sofrimento também. Muitas pessoas nem percebem que estão sofrendo, que esse sofrimento vem da autocrítica, por exemplo. E muitas vezes aumentamos nosso sofrimento, exageramos. (Exemplo: em vez de “estou passando por um momento desafiador” falamos “minha vida é muito difícil, minha vida é horrível”). Mindfuness te ajuda a abandonar a tendência de evitar os pensamentos ou emoções dolorosos, aprendendo a aceitar o momento presente como ele é. Só assim podemos lidar com ele da melhor forma possível. Para sermos autocompassivos, Mindfulness é o primeiro passo.

O que não é autocompaixão?  Não é autopiedade, não é sinônimo de fraqueza,  não é ser egoísta, não é sempre “passar a mão” na sua própria cabeça, não é não ter autocrítica alguma, não é sinônimo de autoestima (a autocompaxão fica quando a autoestima te abandona).

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Quais os benefícios?

  • Menos ansiedade
  • Diminui o estresse
  • Evita a vergonha
  • Leva embora a tristeza
  • Mais felicidade
  • Maior satisfação na vida
  • Mais saúde física
  • Autoconfiança

E sabe o melhor? A autocompaixão pode ser treinada! E você pode ficar muito bom nisso.

Exercício de autocompaixão

Durante uma semana, escreva um diário de autocompaixão. Manter um diário é uma forma bem efetiva de expressar suas emoções. Isso aumentará seu bem-estar físico e mental. Durante a noite, revise seu dia. Anote se você se sentiu mal com algo, de repente um momento em que se criticou ou algum momento que te causou dor ou incômodo. Exemplo: foi grosseiro com alguém e depois se arrependeu. Para cada evento desafiador do dia, experimente Mindfulness, um sentimento de humanidade compartilhada e autobondade.

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MINDFULNESS: Significa trazer consciência para as emoções dolorosas. Escreva sobre como se sentiu. Triste? Envergonhado? Frustrado? Ansioso? Procure ser receptivo e não crítico da sua experiência, sem minimizar a questão ou exagerar — nada de drama!

HUMANIDADE COMPARTILHADA: Escreva como a sua experiência faz parte da condição humana. É importante lembrar que ser humano significa ser imperfeito mesmo. Todos nós temos reações exageradas às vezes, magoamos alguém sem querer e vivenciamos experiências dolorosas.  É assim que as pessoas que estão enfrentando o que você está passando provavelmente se sentem.

AUTOBONDADE: Escreva para si palavras gentis e acolhedoras, como se estivesse escrevendo para alguém que gosta muito.

Ao final da semana, percebeu alguma mudança na forma como se trata, no seu diálogo interior? Como foi falar com si mesmo de uma maneira compassiva? Ajudou a enfrentar os desafios que surgiram? Vamos começar a investir no relacionamento mais importante das nossas vidas? Comece agora a praticar esses 3 pontos importantes.

Sobre Luiza Bittencourt

Instrutora Sênior pela Mindfulness Trainings International (São Paulo, Brasil). Certificada pela Mindful Schools (Califórnia), Instrutora de Mindful Eating pelo Protocolo Eat For Life, Membro da AbraMind – Rede Aberta de Mindfulness. Já participou de Workshops de Mindfulness na Liderança (Janice Marturano); Introducción a Mindfulness, Compasión y Florecimiento Humano (Instituto Cultivo- México) e retiros. Atua com Mindfulness corporativo, em colégios, na área da saúde, para grupos e individualmente – Crianças, adolescentes e adultos.

https://luizabittencourt.com/