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Biólogos descobrem o mundo da Covid-19 após 9 meses isolados em ilha do Pacífico

O grupo estava trabalhando na restauração de uma ilha, próximo ao Havaí, quando voltaram a um mundo muito diferente

O grupo de pesquisadores se isolou na ilha para restaurar o local – Matt Saunter/Hawaii Department of Land and Natural Resources via AP

Um grupo de biólogos levou um susto após voltarem aos seus países depois de uma missão longa no Pacífico e perceber que o mundo não é como era 9 meses atrás, quando se isolaram em uma ilha no noroeste do Havaí. 

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Em fevereiro deste ano, antes do novo coronavírus começar e se espalhar por países de todo o mundo até se tornar uma pandemia, os quatro biólogos embarcaram para a isolada ilha de Atol Kure, entre os EUA e a Ásia, para realizar um trabalho de restauração da ilha. 

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Todos os anos o Havaí recruta dois grupos de cientistas — um no inverno, outro no verão — para trabalharem na remota ilha com o intuito de manter em pé o frágil ecossistema do local recheado de vida marinha e recifes naturais. 

O grupo se isolou em um acampamento na ilha por 8 meses sem TV ou internet e passavam seus dias removendo plantas invasoras, limpando redes de pesca e plásticos que chegam às praias. As únicas informações vinham de mensagens de texto via satélite e e-mails ocasionais.

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Segundo Cynthia Vanderlip, supervisora do programa, antes de embarcarem, os biólogos são questionados se desejam receber notícias ruins enquanto estiverem na ilha. Os e-mails que recebem servem apenas para manter contato com a família. 

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O biólogo Matthew Saunter, de 35 anos, contou que se lembra quando sua irmã enviou-lhe um e-mail avisando o que estava acontecendo: “Recebi um e-mail dela com a palavra ‘pandemia’ e pensei: qual a diferença entre pandemia e epidemia? Agora, é uma palavra que está no vocabulário de todos”. 

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Ao final do trabalho na ilha, os biólogos se depararam com uma sociedade isolada em suas casas e usando máscaras de proteção nas ruas, além de estatísticas preocupantes em relação ao número de óbitos e uma corrida incessante pela vacina. 

“Nunca vi nada assim”, disse Charlie Thomas, um dos quatro da equipe. “Isso não é normal para mim.”, completou Matthew Butschek após voltar a capital havaiana e se deparar com crianças usando máscaras nas ruas de Honolulu. 

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