Estudo conclui que a vacinação mudou o perfil dos internados por Covid-19; entenda
A vacinação, de acordo com um estudo feito pela Famerp, conseguiu equilibrar a maioria dos fatores de risco
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Nos últimos dias, um estudo feito pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) concluiu que, após a vacinação em massa, o perfil de pessoas internadas por Covid-19 e as características dos óbitos mudaram. A pesquisa revelou que a imunização realmente foi capaz de reduzir o risco de internação e mortes pela doença — mesmo em pacientes com várias comorbidades.
Estudo conclui que a vacinação mudou o perfil dos internados por Covid-19
Os cientistas avaliaram mais de 2,7 mil pessoas internadas entre 5 de janeiro e 12 de setembro de 2021. O estudo constatou que, em pacientes que já haviam sido vacinados, 2 fatores continuaram sendo de risco: a idade (mais de 60 anos) e doença renal. Já entre os que não haviam sido vacinados, a lista aumenta: ter cardiopatias, problemas no fígado ou neurológicos, diabetes e comprometimento imunológico.
Em entrevista à CNN Brasil, Maurício Nogueira, um dos autores do estudo, disse que o trabalho mostra que a vacinação tem grande poder em proteger pessoas com comorbidade grave. O professor esclareceu que a pesquisa foi feita no Hospital de Base da cidade e que, durante o ano, o hospital monitorou todos os pacientes. Ele disse também que os jovens que pegaram Covid-19, em 2021, e não se vacinaram, sofreram de uma forma drástica.
“Nós percebemos no ano passado, ao acompanhar a pandemia, que, conforme o ano passou, o perfil de pacientes graves mudou. No começo de 2021, tínhamos uma vacinação em idosos e casos muito graves em jovens com comorbidades. Já em um segundo momento, com o avanço da vacinação, a mortalidade volta aos idosos, em uma proporção muito menor, mas atingindo os idosos com comorbidades, especialmente com doença renal”, explicou.
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