Estudo revela que emissões do aquecimento global atingiu menor índice desde 2006 após a crise do novo coronavírus
Estudo publicado pela revista acadêmica ‘Nature Climate Change’ revelou que os níveis de gás carbônico diminuíram 17% na média global
Estudo publicado pela revista acadêmica ‘Nature Climate Change’ revelou que os níveis de gás carbônico diminuíram 17% na média global
Um estudo publicado pela revista acadêmica Nature Climate Change na última terça-feira, 19, revelou uma melhora considerável nos níveis de poluição em todo o mundo após a adoção de medidas de confinamento que resultaram em menos carros nas ruas e indústrias paradas.
Segundo a publicação, os níveis de gás carbônico, um dos principais poluentes responsável pelo aquecimento global, sofreu uma queda de 17% comparada com a média diária de 2019 e as emissões tiveram uma redução média que variaram de 11% a 25%.
No Brasil, o estudo detectou uma queda de 25% de gases poluentes, enquanto em Nova York, principal epicentro do coronavírus nos EUA, houve a diminuição de 32%. Já na Europa o estudo registrou 27% de queda destes gases.
Este é o menor índice registrado desde 2006 e esses efeitos podem estar ligados a diminuição das atividades de transporte, que corresponde a 43% da redução das emissões globais, enquanto a indústria representa outros 43% desta queda, e a aviação que sofreu grandes impactos em suas atividades, e compõe outros 3%.
A pesquisa analisou 69 países que são responsáveis por 97% das emissões de gases poluentes em todo o mundo e foi realizada em abril, quando 89% destes países tinham adotado medidas de confinamento.
“Existem oportunidades para fazer mudanças reais, duráveis e mais resistentes a crises futuras, implementando pacotes de estímulos econômicos que também ajudam a cumprir as metas do clima, especialmente para a mobilidade, responsável por metade da redução das emissões durante o confinamento“, disse uma das pesquisadoras responsável do estudo, Corinne Le Quéré, da Universidade de East Anglia, no Reino Unido.