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Nova teoria propõe explicar porquê temos sonhos estranhos às vezes

Uma nova hipótese relacionada à inteligência artificial pode ser a explicação para sonhos estranhos

Pesquisa explica por que temos sonhos estranhos às vezes – Pexels

Sonhar continua sendo um mistério para a neurociência. Embora várias hipóteses tentem explicar o por quê os cérebros criam uma estória, muitas vezes sem sentido, quando estamos dormindo, ainda não existe um acordo entre pesquisadores sobre a verdadeira explicação em torno dos sonhos e pesadelos. 

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Algumas hipóteses afirmam que os sonhos são usados ​​para regular as emoções; ou servem para consolidar a memória, repetindo coisas do seu dia para ajudar a lembrá-las; para resolver ou, por outro lado, para esquecer problemas do mundo real, no entanto, para Erik Hoel, um professor assistente de pesquisa do Tufts ‘Allen Discovery Center que estuda a consciência, nenhuma dessas teorias parece muito certa. 

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Qual é o sentido dos sonhos? Todos nós os temos, mesmo que não nos lembremos. Muitos mamíferos e pássaros também sonham. Quando você vê seu cão dormindo profundamente com seus olhos se movendo rapidamente, suas patas se contraindo, você sabe com certeza que ele está na terra dos sonhos.

Hoel acredita que a inteligência artificial pode nos ajudar a explicar o motivo para sonharmos. Em uma pesquisa recente, ele defende a “Teoria do Cérebro Sobreajustado”. A hipótese, publicada na revista Patterns, sugere que a estranheza de nossos sonhos serve para ajudar nosso cérebro a generalizar melhor nossas experiências cotidianas. 

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O cientista afirma o que nossos cérebros estão fazendo quando sonhamos: quebrar o ciclo de tarefas diárias repetitivas – preencher planilhas, entregar correspondência, apertar conexões de tubos – com uma infusão de discórdia, mantendo nossos cérebros em forma. 

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Mas o que isso tem a ver com Inteligência Artificial?

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A atual teorização de Hoel sobre o sonho é baseada no trabalho que ele fez com o machine learning. Quando os sistemas de inteligência artificial (IA) são incumbidos de completar certas rotinas repetidamente, eles obtêm o que é chamado de “overfit” – basicamente, o cérebro da máquina fica preso em uma rotina. Para ajudar a IA com esse problema de overfitting, os programadores introduzirão dados aleatórios ou ruído na programação.

“Se os sonhos são muito diferentes da vida real, isso não é um bug, é uma característica. Eles deveriam ser diferentes da sua vida de vigília, de modo que podem mantê-lo capaz de generalizar, mantê-lo flexível e impedi-lo de ajustar demais e encolher seus conceitos para caber em sua vida diária. E é cognitivamente útil para os sonhos fazerem isso”, descreveu ele no estudo. 

 

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