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Pesquisadores brasileiros planejam enviar pele de tilápia ao Líbano para tratar vítimas da explosão

Pesquisadores cearenses estão enfrentando dificuldades burocráticas para a aprovação do envio da biotecnologia ao país afetado por uma grave explosão

Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará estão tentando convencer as autoridades a liberarem a doação para Beirute – Reprodução/ Viktor Braga / UFC

Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) estão se mobilizando para convencer o governo a liberar a doação de todo o estoque de pele de tilápia para ajudar no tratamento das mais de 4 mil vítimas da grave explosão que aconteceu em Beiture, no Líbano, na última terça-feira, 04. 

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Em 2015, pesquisadores da universidade cearense descobriram que a pele do peixe tipo Tilápia pode ser utilizada como um curativo biológico porque tem um papel importante na cicatrização de queimaduras e lesões de 2º  e 3º grau da pele. 

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Os responsáveis pelo projeto Pele de Tilápia, pesquisa realizada no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), estão tentando sensibilizar as autoridades para facilitar o envio de mais de 40 mil cm2 de pele de tilápia para Beirute, no entanto, enfrentam dificuldades burocráticas por conta das liberações necessárias para o envio. 

Em entrevista ao G1, um dos pesquisadores do projeto, o biólogo Felipe Rocha, disse que é necessário que os governos dos dois países se comuniquem para a aprovação do envio do material, no entanto, a burocracia ainda é muito grande devido ao fato da pele de Tilápia ainda ser um produto experimental, que ainda não foi autorizado pela Vigilância Sanitária (Anvisa). 

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Embora ainda não haja aprovações sanitárias, a pele de tilápia já ajudou muitas vítimas de lesões e queimaduras e a pesquisa se encontra em um estágio avançado, sendo uma das alternativas mais eficazes no momento, já que o estoque de pele humana é muito baixo.  

 

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