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Qual o verdadeiro significado de gratidão? Neuropsicóloga explica e mostra como atingir este sentimento, mesmo durante a pandemia

A profissional Sandra Morais foi a responsável por tirar todas as nossas dúvidas sobre o assunto; confira

Qual o verdadeiro significado de gratidão? Psicologia explica e mostra como atingir este sentimento, mesmo durante a pandemia – Foto de Eternal Happiness no Pexels

Através de atitudes positivas, nós, seres humanos, vivemos em uma busca constante pelo sentimento ou sensação de gratidão. Mas você sabe o verdadeiro significado deste termo?

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Em conversa com a Bons Fluidos, a psicologa e neuropsicóloga Sandra Morais, com especialização em Avaliação Neuropsicológica pela PUC-RJ, respondeu algumas questões sobre o assunto, e ainda falou sobre como agir para ser grato mesmo em tempos de pandemia do coronavírus.

O que significa gratidão e qual a importância de sermos gratos?

“A  gratidão tem muito a ver com ser agradecido ou grato. Ela tem origem no latim gratus. Também significa graça, derivando do termo gratia.

Principalmente no momento que vivemos, essa qualidade é de extrema importância para a humanidade. Por meio dela podemos nos permitimos sentir a gratidão. Quando conseguimos fazer isso, nossa vida passa por uma grande transformação. Ainda conseguimos ser pessoas melhores, além de enxergarmos a vida por um prisma que a reflete de uma maneira melhor e mais positiva”.

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A gratidão libera hormônios no nosso corpo?

“A gratidão também gera efeitos positivos em nosso organismo. Por exemplo, pesquisadores da neurociência já mostraram que a gratidão ajuda a pessoa a compreender melhor as coisas em sua volta. Além disso, o sentimento de gratidão estimula o que chamamos de “sistema de recompensa” do nosso cérebro.

É por meio dele que conseguimos ter a conhecida sensação de bem-estar, principalmente quando se trata de emoções. Quando conseguimos praticá-la em nossa vida, temos a oportunidade de estimular a ação desse sistema, que é a base neurológica da nossa autoestima e satisfação.

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Isso é fantástico, porque quando o cérebro compreende que algo de bom aconteceu, ou no caso, estamos gratos por certa coisa que aconteceu conosco, uma substância denominada dopamina é liberada. Essa substância trata-se de um neurotransmissor. Ela é encarregada justamente pela sensação que envolve recompensa e prazer.

Além dela, ainda temos a dopamina. Trata-se de um hormônio denominado ocitocina. Conhecido também como o “hormônio do amor”, ele é liberado pelo cérebro. A partir dele é estimulado o afeto, ameniza ou diminui a ansiedade, causa bem-estar, e diminui o temor e até mesmo fobias”.

Pessoas gratas são menos ansiosas e mais felizes?

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“Com certeza. Isso acontece pelo fato de, ao sentirmos a gratidão, conseguimos liberar o hormônio ocitocina (citado antes). Ele é quem estimula o afeto e o nosso bem-estar. Também ajuda na redução da ansiedade, temor e fobias. As pessoas que têm esse hábito são mais felizes, e isso tem um grande impacto na saúde física como mental.”

Como encontrar ou buscar a gratidão em momentos como esse de pandemia?

“Neste momento de incertezas, é importante cuidar da saúde física e mental. Apesar das dificuldades que estamos passando, é preciso exercitar a gratidão. Para isso, é necessário termos bons hábitos. Podemos executá-los por meio três coisas importantes na vida: agir, decidir e ser persistente.

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Quando falamos em agir, estamos falando em nos mexer, ou praticar atividades físicas, meditar, decidir que deve ficar em casa para se proteger (aquele que não necessita de sair para trabalhar ou necessidades urgentes) e persistir em se cuidar, porque com certeza essa pandemia irá passar. Através desses hábitos, com certeza sentirá gratidão por cada recomeço.

Que possamos ser gratos sempre e encontrarmos sempre motivos para agradecer, aí sim aprenderemos a ter felicidade independente da circunstância”.


Sandra Morais é Psicóloga (CRP: 5/52586) e Neuropsicóloga, com especialização em Avaliação Neuropsicológica pela PUC RJ. Atualmente cursando pós graduação em Terapia Cognitivo Comportamental baseada em evidências. Coautora do Livro: “É Possível Sonhar, o Câncer não é Maior que você”, com capítulo sobre “Como construir autoestima e ser Super confiante”. Também atua como psicóloga na Casa de Convivência e lazer para idosos.