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SOP: Causa de infertilidade, doença cria condições ideais para congelamento de óvulos

Apesar de terem dificuldade de engravidar naturalmente, mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos são excelentes candidatas para o congelamento de óvulos por produzirem uma grande quantidade dessas células

SOP: Causa de infertilidade, doença cria condições ideais para congelamento de óvulos – Pexels

Afetando em média 15% das mulheres em idade reprodutiva, a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) figura entre uma das principais causas de infertilidade no público feminino.

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“Sem causa específica estabelecida, a Síndrome dos Ovários Policísticos ocorre quando, devido ao aumento na produção de hormônios masculinos na mulher, o processo de ovulação é interferido, o que pode levar a formação de cistos nos ovários e ao atraso ou interrupção da menstruação devido à falta de ovulação, consequentemente dificultando as chances de uma gravidez natural”, explica o ginecologista obstetra Dr. Fernando Prado.

Causa de infertilidade, doença cria condições ideais para congelamento de óvulos

Com o devido tratamento e acompanhamento médico, grande parte das mulheres que sofrem com SOP são capazes de engravidar mesmo sem recorrer a tratamentos, como a Fertilização In Vitro. Apesar disso, o congelamento de óvulos é uma excelente estratégia. principalmente para aquelas que já se aproximam do fim da capacidade reprodutiva e desejam garantir a possibilidade de conceber um filho no futuro.

Segundo o especialista, ainda que o processo de ovulação não ocorra da maneira adequada, essas mulheres produzem um grande número de óvulos de boa qualidade. Devido às características da doença, elas tendem a responder melhor ao procedimento de congelamento de óvulos do que outras mulheres.

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“Sabemos que mulheres que sofrem com SOP possuem níveis maiores do hormônio responsável por regular o desenvolvimento e o crescimento dos folículos e serve como um indicador da reserva ovariana e da quantidade de óvulos que podem ser congelados em um ciclo. Quem sofre com a doença, por possuir uma maior quantidade de óvulos, precisa passar por menos ciclos de estimulação ovariana”, destaca o médico.

Mas, com exceção do menor número de ciclos requeridos, o processo de congelamento de óvulos para mulheres com SOP é o mesmo de quem não sofre com a doença, com exames para verificar a qualidade dos óvulos, uso de pílulas anticoncepcionais para desativar hormônios e um período de estimulação ovariana medicamentosa para que os óvulos sejam amadurecidos. 

Mas, mesmo que a mulher com SOP opte pelo congelamento de óvulos e pela realização posterior da FIV, ainda é importante buscar um ginecologista para tratar a condição, já que, apesar de não ter cura definitiva, se não controlada pode causar impacto significativo na saúde, estando associada a doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade, além de risco de câncer de endométrio.

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Infelizmente, em muitos casos, a Síndrome dos Ovários Policísticos passa despercebida e não é diagnosticada. Por isso, é fundamental prestar atenção aos sintomas e realizar consultas regulares ao ginecologista.

“Além do atraso ou interrupção da menstruação e a dificuldade de engravidar, a pessoa que sofre com SOP pode notar outros sintomas, como ganho de peso, crescimento de pelos no corpo, surgimento de acne, inflamação e resistência insulínica”, aponta o Dr Fernando.

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“Vale ressaltar que apenas a presença de cisto nos ovários não caracteriza um quadro de Síndrome dos Ovários Policísticos, visto que a formação de cistos nos ovários é normal em mulheres na idade reprodutiva devido ao ciclo menstrual. No geral, o diagnóstico da SOP é dado quando são observados duas das três principais características da doença, incluindo ciclo menstrual irregular, altos níveis de hormônios andrógenos e presença de muitos cistos nos ovários.”

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Uma vez diagnosticada a doença, o médico poderá recomendar estratégias para ajudar no controle dos sintomas, podendo variar de acordo com a gravidade do quadro e das características de cada mulher, incluindo sua vontade ou não de engravidar. O médico explica que o melhor tratamento é a adoção de um estilo de vida saudável, com uma alimentação balanceada e prática regular de exercícios físicos. 

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Sobre a fonte:

Dr. Fernando Prado: Médico ginecologista, obstetra e especialista em Reprodução Humana. É diretor clínico da Neo Vita e coordenador médico da Embriológica. Doutor pela Universidade Federal de São Paulo e pelo Imperial College London, de Londres – Reino Unido. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e da Sociedade Europeia de Reprodução Humana (ESHRE).