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Voluntário que tomou a vacina de Oxford desenvolveu mielite transversa e laboratório pausa testes para investigar

A OMS elogiou a universidade e o laboratório inglês por priorizar a segurança dos voluntários

Segundo o jornal The New York Times, o paciente desenvolveu uma doença que afeta a medula espinhal – Pexels

O mundo recebeu um balde de água fria após a notícia de que a vacina de Oxford para a Covid-19, considerada pela OMS a mais avançada nas fases de testes, havia sido suspensa devido uma reação adversa séria em um dos voluntários. 

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Embora a notícia, divulgada nesta terça-feira, 08, pareça desanimadora, autoridades do Reino Unido e da universidade britânica defenderam que a situação não significa o fracasso da vacina, mas que por segurança, os pesquisadores decidiram pausar os testes para investigar a reação no paciente inglês. 

Segundo o secretário de saúde do Reino Unido, Matt Hancock, esta não foi a primeira vez que o laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford paralisaram os testes clínicos da vacina e que esta última pausa não indica necessariamente um atraso no processo. 

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De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, um dos voluntários que recebeu a vacina desenvolveu uma síndrome inflamatória na medula espinhal, doença conhecida pelo nome de mielite transversa. Os sintomas envolvem principalmente dores agudas nas costas e paralisia na região. No entanto, segundo os pesquisadores, a reação pode não estar relacionada a vacina. 

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A doença pode se desenvolver em pessoas que têm certas doenças como esclerose múltipla, lúpus, doença de Lyme ou quem costuma ingerir determinados medicamentos. 

Diante de um caso suspeito de reação pela vacina, a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca decidiram pausar os testes para investigar a situação, mas Hancock garante que pesquisadores “estão revendo com urgência todas as informações e trabalhando ativamente com os pesquisadores para determinar se os ensaios podem continuar assim que possível”.

Em entrevista a agência Reuter, o cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, elogiou a segurança adotada pelos pesquisadores de Oxford ao priorizar a saúde do imunizante: “Só porque falamos de rapidez, não significa que iremos comprometer ou pegar atalhos nos caminhos a seguir”. 
 

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