Terapia genética inovadora faz menina surda escutar pela primeira vez

Uma infusão no ouvido mudou a vida de uma criança que nasceu surda em um pouco mais de um ano; descubra como isso aconteceu

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Menina surda volta a escutar em pouco – Изображения пользователя Tatiana / Canva Pro

Algumas pessoas que lerão essa matéria poderão pensar que o que foi realizado é um milagre, com base na ciência. Acontece que uma menina surda de um pouco mais de um ano de idade, passou a ouvir com um pouco mais de um ano. Entenda mais:

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Menina surda escuta pela primeira vez

Antes de fazer um ano de idade, Opal Sandy recebeu um tratamento, como se fosse uma infusão no ouvido, que possibilitou a audição de sons suaves e de sons altos uma semana depois. A partir deste momento, ela passou a pronunciar palavras simples. Resumidamente, a terapia é efetiva porque substitui o DNA defeituoso que causa a surdez hereditária.

Seis meses depois, os médicos que realizaram a pesquisa relataram que ela estava com uma audição praticamente normal para sons suaves. “É maravilhoso vê-la responder ao som. O que espero é que possamos começar a usar a terapia genética em crianças pequenas… Em que, de fato, recuperemos a audição e elas não precisem ter implantes cocleares e outras tecnologias que necessitem ser substituídas”, disse o cirurgião auditivo Manohar Bance, o pesquisador-chefe do ensaio clínico, em uma entrevista à BBC News.

Implante

Ademais, a irmã de Sandy também tem o mesmo tipo de surdez, mas o tratamento usado foi com um implante coclear. Este objeto apenas dá a sensação de estar escutando. “O implante estimula diretamente o nervo auditivo que se comunica com o cérebro, contornando as células ciliadas, sensíveis ao som e danificadas, em uma parte do ouvido interno conhecida como cóclea”, como afirma a BBC News.

Alcançando mais pessoas

O objetivo, agora, é atingir mais pessoas, segundo Bance: “Quanto mais cedo pudermos restaurar a audição, melhor para todas as crianças, porque o cérebro começa a reduzir sua plasticidade [adaptabilidade] após três anos de idade mais ou menos”.

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