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Oscar Quiroga – Reprodução/ CARAS
A internet é uma representação menor de como funciona o Cosmo – infinito em que tudo se movimenta e acontece. Digo isso porque da mesma forma como ocorre no Cosmo, as informações virtuais vêm em ondas e retornam em ciclos, nos dando a oportunidade de consolidar o conhecimento que realmente vale a pena e de rejeitar aquilo que se comprove falso. 
Quantas informações já atraíram sua atenção para depois você verificar a falsidade delas? Atualmente, voltou a bombar na rede uma nota originária, aparentemente, de meios científicos – o astronômico em particular – afirmando que, pelos cálculos atuais, a data de entrada e saída dos signos estaria toda errada e que, por isso, você teria nascido em um signo diferente daquele que a astrologia ocidental diz.
Pois bem, vou ajudar você a desintegrar definitivamente essa ideia mal-intencionada. Por falta de pesquisa, o que é um desleixo para um meio que se gaba de científico, confunde-se o zodíaco dos signos com o zodíaco das constelações – dediquei um capítulo de meu livro Astrologia Real (ed. Rocco) para esclarecer esse tema. Em primeiro lugar, é necessário entender o que é o zodíaco. Todos os planetas do nosso sistema solar, menos Plutão, que tem uma órbita diferente, giram ao redor do Sol sempre na mesma faixa do espaço sideral. É a essa faixa que chamamos de zodíaco. Do ponto de vista de nossa observação no planeta Terra, determina-se que o início do zodíaco seja o dia 20 de março, quando acontece o equinócio de primavera no hemisfério norte e o de outono no sul. A partir deste momento começa o signo de Áries e, então, divide-se o céu em doze partes iguais. Por que doze? Aqui entram em jogo as constelações. No pano de fundo dessa faixa do céu – o zodíaco dos signos –, encontram-se as doze constelações que emprestam o nome a cada um dos signos. No entanto, diferente do zodíaco dos signos, uns iguais aos outros em tamanho, as constelações são agrupamentos de estrelas de tamanhos irregulares. Portanto, signos e constelações nunca coincidirão totalmente.
Por esse motivo, a notícia de que, de acordo com cálculos astronômicos, os signos estariam todos errados é enganosa. O cálculo do início e fim dos signos é feito de acordo com as estações no planeta Terra, e a posição de cada signo é fixa. Como a Terra se movimenta constantemente e de inúmeras maneiras, as constelações ficam defasadas em relação aos signos. Mas em astrologia, isso é tido em conta. Então, não se preocupe; nós, astrólogos, cuidamos bem do saber que servirá para orientar você. Seu signo está muito bem calculado. Ah!, dizem por aí também que não haveria doze constelações, mas treze, porque entre a de Escorpião e a de Sagitário haveria a constelação do Serpentário, agregando mais um signo ao zodíaco. Balela. As constelações que emprestam seus nomes aos signos correm paralelas ao zodíaco e se encontram dentro dessa faixa. E a do Serpentário a atravessa perpendicularmente. Fim do engano.

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