Quem é a freira que ficou perto do caixão de Papa Francisco? ‘Era um pai, um irmão, um amigo’
De acordo com o Vaticano, Genevieve Jeanningros, de 81 anos, costumava trocar cartas com o pontífice e visitá-lo todas as quartas-feiras

De acordo com o Vaticano, Genevieve Jeanningros, de 81 anos, costumava trocar cartas com o pontífice e visitá-lo todas as quartas-feiras
Durante o velório do Papa Francisco, que ocorreu na última quarta-feira (23), na Basílica de São Pedro, a atitude de uma freira causou repercussão global. Genevieve Jeanningros, de 81 anos, quebrou um protocolo ao se aproximar do corpo, ato permitido apenas a cardeais, bispos e padres. A mulher, de acordo com o Vaticano, era uma amiga querida do pontífice.
A freira, que compadeceu o mundo com o carinho por Jorge Mario Bergoglio, faz parte da Fraternidade das Irmãzinhas de Jesus e dedica sua vida a ajudar membros da comunidade LGBTQIA+. Por isso, Jeanningros era quem organizava diversos encontros dessas pessoas com Francisco. No entanto, os dois se conheceram após a mulher escrever uma carta para ele, contando a história de sua tia missionária, Léonie Duquet.
Depois desse primeiro contato, os dois se tornaram amigos. Segundo o portal da Santa Sé, além de trocarem correspondências, eles se encontravam todas as quartas-feiras na Praça São Pedro, e a freira costumava levar empanadas para o Papa. Ademais, Bergoglio também visitava Genevieve em Óstia, cidade onde ela trabalha e divide um trailer com a irmã Anna Amelia.
“Era uma pessoa querida por Francisco, que lhe telefonava, ajudava e, por vezes, até brincava carinhosamente com ela. Como naquela vez, durante uma das muitas audiências gerais em que a religiosa estava na primeira fila. Ao vê-la com uma faixa no braço, Francisco perguntou: ‘O que a senhora fez?’ Ela respondeu: ‘Santo Padre, eu caí.’ E ele retrucou: ‘E o chão se machucou?'”, apontou o ‘Vatican News’.
Nesta sexta-feira (25), a freira esteve novamente no túmulo do pontífice, acompanhada por Laura Esquibel, uma mulher trans paraguaia que chegou a conhecê-lo. Além da visita, Jeanningros aproveitou para conversar com a agência de notícias do Vaticano, afirmando que sentirá saudades não somente do Papa, como “de seus olhos, de quando dizia para ir em frente e também da ajuda”.
“Eu sempre digo que ele era um pai, um irmão e um amigo. Sentiremos sua falta”, declarou ao portal.