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Avanço da ciência: exame de sangue poderá prever depressão na gravidez

“As descobertas podem dar aos médicos uma ferramenta muito necessária para identificar mulheres que podem estar em risco de depressão e adequar melhor seus cuidados durante a gravidez”, diz especialista

Avanço da ciência: exame de sangue poderá prever depressão na gravidez – Freepik / @cookie_studio

A depressão durante e após a gravidez afeta até 20% das mulheres grávidas. Um novo estudo, publicado no final de janeiro, no periódico Translational Psychiatry destaca que é possível prever o risco de depressão na gravidez por meio de um exame de sangue.

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“É possível que a depressão na gravidez possa constituir um tipo específico de depressão induzida por inflamação, o que afetaria o humor e o comportamento”, explica o ginecologista obstetra Dr. Fernando Prado. O especialista disse que esses marcadores estão presentes no sangue. Assim, uma rápida identificação e prevenção pode ajudar a saúde mental da gestante.

Avanço da ciência: exame de sangue poderá prever depressão na gravidez

Segundo o estudo, os sinais de inflamação no sangue predizem e identificam de forma confiável a depressão grave na gravidez. A análise da equipe estabeleceu um conjunto de 15 marcadores biológicos encontrados no sangue que podem prever se as mulheres grávidas apresentarão sintomas depressivos significativos com 83% de precisão.

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“As descobertas podem dar aos médicos uma ferramenta muito necessária para identificar mulheres que podem estar em risco de depressão e adequar melhor seus cuidados durante a gravidez”, diz o médico.

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Quase uma em cada cinco novas mães sofre de depressão grave durante ou após a gravidez e estima-se que 14% têm pensamentos suicidas. “A inflamação pode levar ao agravamento dos sintomas depressivos, e a gravidez é um importante evento inflamatório.”

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Segundo os pesquisadores, a depressão não é apenas algo que acontece no cérebro — suas impressões digitais estão em todo o corpo, inclusive em nosso sangue. “A capacidade de prever a depressão relacionada à gravidez e sua gravidade será um divisor de águas para proteger a saúde das mães e seus bebês. As descobertas são um importante salto em direção a esse objetivo”, finaliza o especialista. 

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