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22 de abril – Dia da Terra: veja as lições que o coronavírus nos deixa sobre preservação ambiental

Dia da Terra completa nesta quarta-feira 50 anos; veja quais mudanças ambientais estão sendo discutidas com a chegada da Covid-19

Dia da Terra: veja as lições que o coronavírus nos deixa sobre preservação ambiental – Pixabay

Há 50 anos, no dia 22 de abril, o mundo todo se mobiliza e comemora o Dia da Terra. Este ano, porém, a discussão acerca dos problemas ambientais, gira em torno de um assunto maior: a chegada do novo coronavírus, doença causada por infecções respiratórias, descoberta no dia 31/12/2019, após alguns casos registrados na China.

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O mundo, estagnado com as medidas de isolamento social, soma hoje mais de 2 milhões e meio de casos de pessoas infectadas pela Covid-19. Mas já parou para pensar que a chegada desta pandemia pode estar relacionada à destruição da natureza?

Segundo dados da ONU, cerca de 60% das doenças infecciosas humanas são zoonóticas, ou seja, aquelas em que a transmissão ocorre de animais para seres humanos. Fatores como o desmatamento, tráfico ilegal de espécies e até a produção intensiva de alimentos estão relacionadas a este tipo de enfermidade.

A tendência é que este número aumente. Segundo cientistas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a natureza, nitidamente em crise, está nas mãos de aspectos como perda de biodiversidade e a destruição dos habitats naturais, o aquecimento global e a poluição tóxica, problemas exclusivamente causados pelos seres humanos.

A forma como usamos os recursos naturais e a capacidade do planeta Terra em regenerar estes mesmos recursos caminham em velocidades completamente diferentes. E é aí que mora o problema. A PNUMA acredita que humanidade depende de ação imediata para alcançar um futuro sustentável.

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Apenas com o isolamento social, a redução do trânsito, do número de viagens e das aglomerações, foram responsáveis por reduzir, por exemplo, a quantidade de poluição do ar e a emissão de gases poluentes. É curioso citarmos que, de acordo com estudo divulgado pela revista Forbes, a quarentena, provavelmente, salvou 77 mil vidas na China com a queda da poluição do ar. Veja algumas das mudanças ambientais significativas causadas pela chegada do coronavírus.

Mas seriam essas mudanças temporárias? Quando a quarentena acabar, os problemas ambientais voltarão a ser os mesmos? A tendência é que sim. O ideal é que, neste momento, os governos tomem consciência da situação e elaborem uma série de medidas para manter os efeitos da melhora ambiental do planeta Terra. 

Ainda nesta quarta-feira, 22, o papa Francisco fez um apelo passional pela proteção do meio ambiente. “Vemos essas tragédias naturais, que são a resposta da Terra aos nossos maus-tratos […]. Eu acho que, se eu perguntar ao Senhor agora o que ele pensa sobre isso, eu não acho que ele diria que é uma coisa muito boa. Somos nós que arruinamos a obra de Deus”.

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Para o líder mundial da Igreja Católica, são os jovens, principalmente, que devem se mobilizar e para ensinar ao próximo o que é óbvio, ou seja, “que não haverá futuro para nós se destruirmos o meio ambiente que nos sustenta”, completou.