Bailarina conta como venceu o câncer grávida: ‘amor pela dança e por minha filha’
Juliana Azoubel ensina o real significado da palavra superação! Ela mostra como a paixão pela filha e pela profissão que escolheu faz com que ela encare de frente os desafios diários de quem enfrenta a doença
Para a bailarina e professora de dança Juliana Azoubel, superação é mais que uma palavra: é um objetivo diário. É isso que ela tem feito na luta contra o câncer, um velho conhecido na sua história de vida. Primeiro, acompanhou o tratamento da mãe, Inez.“Ainda lembro da luta vivida por ela, dos dilemas relacionados à queda dos cabelos, às limitações do movimento, consequências físicas e psicológicas”.
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Depois, dois anos após a morte da mãe, teve de lidar com seu próprio diagnóstico: um câncer de mama. Durante o tratamento, recebeu um convite para uma bolsa de estudos nos Estados Unidos. Porém, um outro tipo de câncer apareceu e, diante das recomendações médicas, viu o que não era o momento de sair do Brasil, pois um tratamento severo estava por vir.
Câncer de mama e maternidade
Neste período, já queria ser mãe. No entanto, quando o médico disse que o tratamento a deixaria infértil, veio a decisão de engravidar. Após tratamentos e uma gestação complicada, Larissa veio ao mundo. Passada a turbulência inicial, conseguiu novamente a bolsa que tinha perdido. Arrumou as malas e foi para os EUA.
Paixão pela dança
Juliana estava conciliando a maternidade e o trabalho como professora e coreógrafa nos Estados Unidos, até que veio a pandemia de Covid-19. Sozinha, com uma filha pequena, relembra aquela palavrinha tão comum em sua rotina: a superação. “Em determinado momento, eu estava internada em um hospital em Illinois e minha filha também.” Diante da vulnerabilidade diante da doença, várias internações, médicos começaram a investigar se havia algum tipo de predisposição genética. “Descobriram que a variação das combinações do meu organismo é raríssima. São apenas seis casos em todo o mundo”. Assim, entrou em um protocolo de pesquisas que reduziu os custos para um complexo tratamento nos Estados Unidos. Enquanto isso, tentava seguir a rotina que tanto preza: “Cuidar de ‘Lali’ e exercer a profissão que amo”, reflete.
Por fim, para esta pernambucana, o movimento proporcionado pela dança e o amor pela filha são fundamentais para seguir cada etapa do processo. “São realidades muito duras, mas paixão por tudo o que eu faço é o que me mantém de pé. E sorrindo. Tento fazer com que isso tudo não tire minha força nem meu entusiasmo em tudo o que eu faço”, conclui.
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