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Campeão pelo Corinthians, ex-jogador Índio volta para aldeia Xucuru Kariri e vira professor

José Sátiro do Nascimento, mais conhecido como Índio, ganhou grandes títulos pelo Corinthians, mas abdicou da vida de futebolista para retornar a sua aldeia

Campeão pelo Corinthians, ex-jogador Índio volta para aldeia Xucuru Kariri e vira professor – Reprodução / ESPN

Se você é fã de futebol e assistia aos jogos durante os anos 1990, então, deve se lembrar do jogador José Sátiro do Nascimento, mais conhecido pelo apelido de Índio, que fez carreira no Corinthians e ganhou títulos como o bicampeonato brasileiro em 1998 e 99 e o Mundial de Clubes pelo “timão” nos anos 2000.

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O nome do jogador que marcou a geração foi dado pela origem de José Sátiro. Nascido em Palmeira dos Índios, Alagoas, o futebolista foi criado na aldeia indígena dos Xucuru Kariri. Desde cedo ajudava os familiares com o trabalho na roça, plantando e colhendo melancia, melão, feijão, entre outros vegetais, para vender na feira.

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Por uma briga familiar que rendeu ao cacique da tribo um tiro no olho, os Xucuru Kariri tiveram que se mudar de Alagoas para Paulo Afonso, cidadezinha localizada no interior da Bahia. Lá, Índio teve a oportunidade de participar de uma peneira futebolística organizada pelo Vitória. Aprovado, arrumou suas malas e partiu para a capital baiana, onde começou sua carreira de jogador.

Após alguns jogos, foi notado pelo Corinthians, que o contratou aos 17 anos. Na época, Índio, que havia se mudado para São Paulo, ganhava aproximadamente R$ 1.500,00 por mês.

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Novamente, seu povo estava atrelado a outro conflito. Desta vez, um dos irmãos de Índio, Jãnio Erunflávio, que se envolveu com um grileiro, foi acusado de matar o proprietário de terra. Sendo assim, com a ajuda da Funai, se mudaram para uma área próxima à cidade de Caldas, no sul de Minas Gerais.

Ex-jogador Índio volta para aldeia Xucuru Kariri e vira professor

Hoje, já há mais de 20 anos, os índios da tribo Xucuru Kariri vivem em uma área de 40 alqueires, sendo 20 de mata nativa. Lá, contam com casas simples, uma criação de vacas, um posto de saúde com médico 24 horas, uma escola de ensino fundamental e da língua indígena e uma quadra esportiva, onde Índio, que retornou para sua tribo, dá aulas de futebol aos mais novos.

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“Hoje eu fico aqui, sou professor da escolinha. Trabalho dando aula e ganho bem, não ganho mal não, viu. Para mim está bom demais, pois estou trabalhando ao lado da minha família e ajudando ainda mais a aldeia que contribui muito para construir quando eu era jogador.”, contou índio à equipe jornalística da ESPN para o programa ‘Vida de Índio’.

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