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Oscar Quiroga – Claus Lehmann
O trânsito de Vênus pelo signo de Gêmeos a partir de 4 de julho é um reflexo no céu do tempo que cada um de nós gasta raciocinando a respeito de si mesmo.
Nos colocamos no centro do palco e observamos com lupa os contornos de tudo que nos diz respeito. Com uma tendência maior a enxergar nossas dores e limitações,
as quais, mesmo sendo reais, acabam ganhando um protagonismo traiçoeiro com traços cômicos, não fossem trágicos. Sim, porque focar tanto em um cenário em que somos sofredores – porque nossas dores e limitações seriam únicas e originais – é um grande desperdício de energia. Cuidado para não entrar nessa espécie de competição imaginária de sofrimentos humanos!
Essa tragicômica mistura de ansiedade e soberba vai se infiltrando sorrateiramente na alma com uma expectativa equivocada. Há a esperança de receber, um dia, a atenção
que merecemos por sermos esses coitadinhos. Mas pense comigo: se cada ser humano passa exatamente pelo mesmo processo, esperando atenção um do outro, o que temos de concreto é um enorme conjunto de protagonistas sofredores ensimesmados, que alimentam o próprio sofrimento numa expectativa que nunca irá ser satisfeita. Certo?
Felizmente, se você caiu nessa armadilha, na segunda quinzena de julho o céu oferece uma possibilidade de guinada. O signo de Leão terá Mercúrio, Marte e o Sol transitando por ele, além de acontecer a Lua Nova nesse signo no dia 23. Digo que essa é uma perspectiva feliz porque ninguém em seu são juízo suporta períodos
prolongados de autoestima baixa e, por isso, com a mesma força com que o ensimesmamento é sustentado no sofrimento, um dia nos cansamos de tanta lamentação,
nos levantamos e buscamos elevar a nossa autoestima tomando as atitudes pertinentes a cada caso.
É assim que mudamos do estágio de fragilidade para o das atitudes heroicas (podem não ser dignas de um roteiro de filme, mas, com certeza, servem para quebrarmos
a inércia da acomodação no papel de vítima). Não solucionaremos tudo de uma tacada só, como a nossa soberba pretenderia, mas é o início de um movimento mais saudável. Sair desse vórtice que nos suga para dentro de nós mesmos e que, por isso, provoca distorções em nosso campo de visão e abala nossos relacionamentos não
é apenas bom para nosso universo particular. Esse aumento de autoestima acaba refletindo no nosso círculo de influência.
Sair do ensimesmamento, seja na baixa ou na elevada autoestima, é como permitir ao oxigênio circular. É dar abertura. Aproveite, portanto, essa ajuda que vem
dos astros. Na primeira quinzena de julho, se você quiser muito, se esbalde nos raciocínios queixosos. Esgote-os, não deixe sobrar nada. Na segunda quinzena, será
possível se erguer e tomar as atitudes pertinentes para superá-los e, com isso, beneficiar a si e ao entorno.

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