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Inspiração para o final de semana: Sejamos Todos Feministas

Um ensaio de 64 páginas, breve e profundo, mostra que muito ainda precisa ser feitopara que alcancemos a igualdade de gênero

Livro Sejamos Todos Feministas – Divulgação

“Feminista: uma pessoa que acredita na igualdade social,
política e econômica entre os sexos”. Foi isso o que Chimamanda Ngozi Adichie
encontrou no dicionário quando, aos 14 anos, foi chamada de feminista pela primeira
vez. Não exatamente como se isso se fosse dito como elogio. E é esse olhar
revelador, isento de estereótipos, que a premiada autora nigeriana traz em seu
livro Sejamos Todos Feministas (ed.
Companhia das Letras).

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Na obra, uma versão da palestra que deu em 2012 ao
TEDxEuston, conferência com foco na África, a autora compartilha sua
experiência e as inúmeras situações em que o preconceito de gênero a fez
invisível perante o olhar de uma sociedade machista. Na cultura nigeriana, é
sempre o homem que prevalece. Mesmo que uma aluna tire a maior nota, será um
aluno que levará o título de monitor da classe porque isso é o ‘normal’. Mesmo
que a mulher dê gorjeta para um manobrista, será ao homem que a acompanha que
ele agradecerá – porque sinceramente acredita que ele, o homem, foi quem deu o
dinheiro a ela.  É ‘normal’ que a irmã
cozinhe para o irmão, mesmo que sejam da mesma idade.

O sentimento de invisibilidade faz doer porque injusto. E
por isso precisa ser combatido – a começar pela educação dos filhos. “A questão
de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a
planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens
mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim
que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente.
Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente”, escreve Chimammanda
no pequeno grande livro de 64 páginas. Sucinto, feminista. Mas não aquele
feminista infeliz, não aquele feminista que odeia homens, não aquele feminista
que não usa batom. Feminista porque humanista, porque defende que a igualdade
seja, de fato e de coração, para todos. 

Sejamos Todos Feministas

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ed. Companhia das Letras

64 páginas

companhiadasletras.com.br

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