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A filósofa Dulce Critelli diz que projetos não realizados podem ser um entrave para o encontro de si mesmo – iStock

“O
perdão não significa apenas desculpar pessoas que nos causaram mal ou
circunstâncias desfavoráveis que impediram nosso sucesso. Trata-se,
principalmente, de assumir o compromisso consigo mesmo de superar a situação e
não se tornar prisioneiro do que aconteceu”, explica a psicóloga Andrea Vaz. E
o apego ao passado atrasa a vida. “Alimentar ressentimentos rouba a força
vital”, completa a psicodramatista Milene Féo.
O
massagista Edgar Mattos, 38 anos, de São Paulo, confirma: “Eu culpava meus pais
por não terem me incentivado a levar a música a sério quando era menino. Tinha
a fantasia de um destino brilhante como guitarrista. Então caiu a ficha de que,
se quisesse mesmo, teria dado um jeito, qualquer que fosse, de superar o
desestímulo e seguir meu coração. Hoje já penso que poderia ter sido um músico
medíocre e não seria tão feliz como sou. Detalhe: continuo tocando como hobby”.
A
filósofa Dulce Critelli diz que projetos não realizados podem ser um entrave
para o encontro de si mesmo, mas isso não é uma sina. “Há um meio de reverter
esse gosto amargo de fracasso: o perdão. Ou seja, assumindo de vez que aquilo
já não faz mais sentido na vida ou indo à luta para recuperar o tempo perdido”. 

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